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BONITO CINESUR

Valentina Qaszulxkef fala sobre amor e colonialismo em seu 1º curta de animação

Delicadeza e técnica artesanal marcam "Amor en los tiempos de como sea que se llame el presente"

2 AGO 2025 • POR ALY FREITAS • 18h24
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Foto: Divulgação

A diretora colombiana Valentina Qaszulxkef participa do 3º Bonito CineSur com o curta-metragem de animação "Amor en los tiempos de como sea que se llame el presente". O filme de 18 minutos concorre na mostra competitiva sul-americana.

Produzido por Juan Pablo Soto Araque e realizado pela Serval Films — produtora especializada em stop motion — o curta acompanha uma zeladora que testemunha quadros ganharem vida e decide libertar Gylda, uma escrava retratada em uma obra colonial.

“Com o filme, quisemos transmitir antes de tudo muito amor pelo físico, pelo tátil. Em um momento em que a inteligência artificial torna tudo mais rápido e barato, buscamos resistir e valorizar o artesanal”, contou Valentina ao TeatrineTV.

Segundo a diretora, o filme também busca refletir sobre liberdade e colonialismo a partir de uma perspectiva sensível. “Queríamos criar uma obra que falasse sobre liberdade e colonialismo hoje, sobre como ainda vivemos esse legado, mas narrando a partir do amor, das cores, da sexualidade — entendendo que a liberdade é justamente isso: a celebração da vida”, disse.

Foto: DivulgaçãoCena de 'Amor en los tiempos de como sea que se llame el presente' | Foto: Divulgação

A participação no festival marca a estreia de Valentina como diretora. “É minha primeira vez em Bonito com meu primeiro curta-metragem e também o primeiro curta da nossa produtora, especializada em stop motion, chamada Serval Films. É uma honra apresentá-lo aqui. É a primeira vez que o exibimos para um público internacional com minha presença. Estou nervosa, mas a recepção tem sido linda”, afirmou.

Mesmo na expectativa pela premiação, a diretora valoriza a dimensão coletiva do evento. “Acredito que o mais importante deste evento é a comunidade: que possamos valorizar o cinema sul-americano e acreditar não só em fazer cinema, mas também em nossa própria curadoria", concluiu.

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