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GESTÃO DO CAOS

Prefeita dá calote na Cultura, mas paga supersálarios e faz 'Natal milionário'

A chefe da Casa Civil e concunhada da prefeita, Thelma Fernandes Lopes, recebeu a bagatela de R$ 37.204,32 brutos em setembro

5 NOV 2025 • POR TERO QUEIROZ • 12h48
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Prefeita torra quase R$ 2 milhões em estrutura natalina e paga supersalários à secretários. Foto: Arquivo

A prefeitura de Campo Grande, comandada por Adriane Lopes (PP), enfrenta críticas pela gestão orçamentária, especialmente na área cultural.

Trabalhadores do setor denunciam que a gestão não executa o orçamento da cultura desde 2024.

Recursos de 2023, referentes a editais do FIMIC e FOMTEATRO, estão sendo pagos de forma parcelada aos artistas, como já mostramos aqui

Enquanto o setor cultural enfrenta dificuldades, o primeiro escalão da prefeitura teve salários dobrados.

Apesar da alegação de crise financeira, de acordo com o site O Jacaré, secretários recebem valores que superam o subsídio do governador Eduardo Riedel (PP).

A chefe da Casa Civil e concunhada da prefeita, Thelma Fernandes Mendes Nogueira Lopes, recebeu R$ 37.204,32 brutos em setembro.

O valor líquido de Thelma (R$ 32.190,17) é 24% superior ao recebido pelo governador (R$ 25.928,95).

Este aumento é justificado por uma "verba secreta", identificada no Portal da Transparência como "outros pagamentos".

Apenas em setembro, Thelma Lopes recebeu R$ 18.175,42 desta verba, paga sem qualquer dedução ou imposto.

Outros secretários também recebem valores inflados. Andréa Rocha (Administração) ganhou R$ 36.202,20.

A vice-prefeita e secretária Camilla Oliveira (Avante) recebeu R$ 35.828,11.

Márcia Hokama (Fazenda) teve vencimentos de R$ 35.056,90, com um salário líquido superior ao do governador.

Os pagamentos extras vieram à tona após o Tribunal de Contas do Estado (TCE) exigir mais transparência da gestão.

Ainda assim, a prefeitura dificulta a fiscalização, exigindo CPF e matrícula do servidor para consultar os valores extras. Se digitar apenas o nome do servidor, aparece apenas uma parte do salário pago.  

A situação contrasta com as medidas de arrocho impostas pela própria prefeita desde março.

Cerca de 30 mil servidores municipais estão sem reajuste salarial (reposição da inflação) desde 2023.

Na semana passada, Adriane Lopes anunciou novas medidas de corte, como a redução da jornada de trabalho.

No entanto, a prefeita manteve a licitação para a iluminação de Natal, que custará R$ 1,756 milhão aos cofres públicos. Veja: