A cidade de Dourados viveu um fim de semana dedicado à arte, à escuta e à presença de pessoas com deficiência, em 30 e 31 de maio, período em que mais de 300 pessoas participaram da primeira edição da Mostra Literária Inclui MS, realizada na Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD).
O evento promoveu atividades que reuniram literatura, arte, acessibilidade e diversidade.
A programação contou com oficinas, rodas de conversa, exposições e apresentações culturais voltadas à inclusão.
A iniciativa foi viabilizada pela Lei Paulo Gustavo, com apoio da Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul, Inpasa Brasil, UFGD e APAEs da região.
Para o produtor cultural e idealizar da Mostra, Felipe Sampaio, o evento vai além de uma celebração artística. “A Inclui MS não é só um evento. É um movimento de escuta, de presença e de protagonismo. A literatura e a arte são ferramentas potentes para repensarmos o lugar da pessoa com deficiência na cultura brasileira".

A participação do ativista Ivan Baron foi um dos pontos altos do encontro. Ele compartilhou sua trajetória pessoal e sua atuação no enfrentamento as violências. “Capacitismo se combate com presença. Estar aqui, construir e ocupar esse espaço, é uma forma de dizer que nossas vozes importam e que temos muito a dizer", disse o influencer que acumula meio milhão de seguidores no Instagram e centenas de milhares.
Na rede social, Baron celebrou a inciativa de Felipe Sampaio. "Participar deste evento a convite do meu amigo @felipeesampaiooo foi uma experiência incrível, principalmente por se tratar sobre cultura, arte e educação protagonizada por pessoas com deficiência da cidade de Dourados-MS. Parabéns a toda organização, empenho e vontade de pregar a mensagem de uma sociedade mais inclusiva e Anticapacitista, estamos juntos", publicou. Eis:

Na noite do dia 31 de maio, outro grande destaque foi o espetáculo do Palhaço Surddy (Igor Rocha), ator, professor de Libras na UNEAL, artista surdo e militante da inclusão por meio da arte, cultura e educação. A apresentação reuniu grande público no Cine Auditório da UFGD.

Além das personalidades de fora, dezenas de artistas locais conduziram oficinas. Dentre elas, a professora Ana Aline Medeiros que comandou uma oficina de papel machê. Eis a lista:
Os participantes foram convidados a criar com as mãos, explorando texturas e sensações como forma de expressão.
Durante a Mostra, a APAE de Dourados também teve destaque com uma exposição de artesanato feito por artistas com deficiência.
Com o encerramento da Mostra, o sentimento coletivo foi de realização e continuidade. “Seguimos juntos, fortalecendo a inclusão e a literatura feita por, para e com pessoas com deficiência”, disse Felipe Sampaio.