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24º FIB

Mãe e filha dão oficina de berrante e fortalecem tradição pantaneira

Oficina realizada na Casa da Memória Raída, administrada por Ramona e Fernanda Reverdito

Por ALY FREITAS | TERO QUEIROZ • 22/08/2025 • 21:44
Imagem principal Participantes aprenderam sobre o berrante e a tradição das comitivas | Foto: Tero Queiroz

 Ramona Vieira de Souza e Fernanda Reverdito, mãe e filha, ministraram na última 5ª feira (21.ago.25) a Oficina de Vivência Berranteira: “Mulheres no Berrante”, durante a 24ª edição do Festival de Inverno de Bonito (FIB).

A oficina foi realizada na Casa da Memória Raída, administrada por elas e dedicada à preservação da memória cultural do Pantanal, da Serra da Bodoquena e de Bonito.

Ao TeatrineTV, Fernanda explicou que a oficina teve como objetivo transmitir a importância histórica do berrante no Mato Grosso do Sul. “Contribuir com este momento, em que percebemos que houve um apagamento da história sobre a importância do berrante, das comitivas, da nossa história e da própria Catira, foi muito especial. Trazer isso e dividir com nossos convidados foi um momento precioso e prazeroso. Esperamos conseguir atrair mais mulheres para tocar berrante e mais pessoas para essa atividade de memória”, relatou.

Foto: Tero Queiroz Oficina transmitiu a importância histórica do berrante no MS | Foto: Tero Queiroz

Durante a atividade, Ramona agradeceu aos participantes por prestigiar e ouvir sua experiência em uma função tradicionalmente ocupada por homens. “É a nossa história do Pantanal. Fui ponteira de boiada e hoje trago um pouco desse conhecimento para passar para as novas gerações. Eu agradeço por terem vindo prestigiar”, declarou.

Foto: Tero QueirozRamona e Fernanda ministraram oficina de Berrante no 24º FIB, em Bonito (MS) | Foto: Tero Queiroz

Maria Eduarda, uma das alunas da oficina, ressaltou a experiência. “Nós tivemos uma vivência muito bacana com a dona Ramona. Ouvimos sobre o berrante e sobre sua vida como ponteira de comitiva. Foi muito especial compartilhar dessa história”.

Foto: Tero QueirozMaria Eduarda (à esquerda), participou da oficina | Foto Tero Queiroz

Douglas Alves da Silva, coordenador do Arquivo Público Estadual, explicou que a oficina faz parte das ações que a Fundação de Cultura vem promovendo para salvaguardar o patrimônio imaterial de Mato Grosso do Sul. “As manifestações culturais populares do nosso estado precisam muito desse suporte. A oficina de Vivência Berranteira foi pensada justamente nesse sentido, trazendo o protagonismo da mulher em um universo historicamente masculino e resgatando aspectos que envolvem o tocar, o fabricar e a memória das comitivas que cruzavam o estado e o país”, disse.

Ele também ressaltou a importância da Casa da Memória Raída como ponto de preservação da memória local. “A Fernanda já tem uma trajetória de parceria com a Fundação de Cultura, e a presença da Dona Ramona, uma berranteira de mão cheia, deu ainda mais significado a essa ação. Foi um momento de troca muito importante, que fortalece a cultura popular e amplia os espaços de difusão da nossa memória”, finalizou.

Foto: Tero QueirozDouglas esteve na oficina representando a FCMS | Foto: Tero Queiroz

O 24º Fesrtival de Inverno de Bonito segue até domingo (24.ago). Acompanhe a cobertura no Instagram @teatrinetv

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Tags: #mulheresnamúsica, berrante, FCMS, Festival de Inverno de Bonito, Mato Grosso do Sul, tradição pantaneira

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