A 5ª edição do Ubu Erê – Festival para Infância e Juventude começou na 6ª feira (7.nov.25), com ações nos bairros Parque do Sol, São Conrado, Jardim Imperial e Cohab. A programação segue neste sábado (8.nov), às 15h, no Espaço Ilè Àsè Ojú Odé, Casa de Candomblé localizada no Jardim Imperial, em Campo Grande (MS).
Inspirado na força criativa da infância, o festival convida o público a mergulhar em um universo lúdico de teatro, contação de histórias e brincadeiras coletivas. A programação é gratuita, acessível em Libras e aberta a todas as idades.
Festival atingiu mais de 4 mil pessoas nas últimas 4 edições | Foto: DivulgaçãoSegundo o idealizador do projeto e diretor do Grupo Ubu, Anderson Bosh, o festival é um espaço de escuta e diálogo com os territórios.“O Ubu Erê nasce da vontade de construir pontes entre o teatro, a infância e as comunidades. A cada edição, buscamos descentralizar o acesso à cultura e promover experiências afetivas e educativas”, afirmou.
Com espírito mambembe e vocação itinerante, o festival já atingiu mais de 4 mil pessoas em bairros, quilombos e aldeias indígenas de Campo Grande, o que para Bosh, reforça o compromisso do grupo com a democratização da cultura e a valorização da infância. “O Grupo UBU tem esse jeito nômade, mas tudo isso envolve custos e uma equipe comprometida. É essencial que existam políticas públicas que tornem isso possível. Tivemos apoio do Sesc MS nas duas primeiras edições e da Funarte nas duas seguintes. Agora, com a Política Nacional Aldir Blanc (PNAB), do Governo Federal e da Prefeitura, chegamos à quinta edição”, revelou.
Em cena, o ator e diretor Anderson Bosh | Foto: DivulgaçãoPara o ator Edner Gustavo, o festival tem o papel de aproximar temas públicos do cotidiano das pessoas. “Na mídia se fala muito sobre a preservação do Pantanal e sobre o encontro da COP 30 em Belém, mas o que de fato é feito no dia a dia com as comunidades? [o espetáculo]‘Pelega e Porca Prenha’ fala sobre cuidado com a natureza, com a cultura e com as pessoas como agentes e protagonistas”, exemplificou.
Atuando no projeto desde a primeira edição, o ator Douglas Moreira acompanha de perto o impacto do festival. “É gratificante ver o quanto as crianças se envolvem, criam e se emocionam. A cada sorriso e olhar curioso, o teatro mostra seu poder de despertar a imaginação e afirmar que a arte é um direito de todos", afirmou.
Os atores Douglas Moreira e Edner Gustavo em cena do espetáculo 'Pelega e Porca Prenha' | Foto: Neste sábado, o grupo chega a Casa de Candomblé Ilè Àsè Ojú Odé – Àsè Imukaindé, liderado por Pai Deá Odé, importante espaço cultural e religioso do Jardim Imperial. “O teatro dialoga com o Candomblé porque ambos tratam da vida, da ancestralidade e da natureza. Receber o Ubu Erê reafirma que o Candomblé é também um espaço cultural, de educação e acolhimento”, destacou Pai Deá Odé.
O UBU Erê tem produção logística de Kiara Kido, mediação de Clara Targino, gestão de projeto de Anderson Bosh, produção executiva e social média de Karen Freitas, mentoria de Douglas Moreira e Edner Gustavo, e coordenação pedagógica de Douglas Caetano.
Em cena, Anderson Bosh, Douglas Moreira e Edner Gustavo, com sonoplastia e iluminação de Douglas Caetano.
O projeto conta com financiamento da Política Nacional Aldir Blanc (PNAB), do Minc - Ministério da Cultura, Governo Federal, via edital da Fundac e Prefeitura de Campo Grande.
A programação completa está disponível no Instagram @grupoubu.







