Contemplado no 1° Prêmio Ipê de Teatro, a comédia 'Pedro e Domitila – Titilia e Demonão', com direção de Espedito Di Montebranco, estreia às 14h30, da 5ª feira (31.ago), no Teatro do CRAS Hércules Mandetta, no Jardim Noroeste, em Campo Grande (MS). A entrada é gratuita.
A história adaptada do texto de Ênio Gonçalves e do livro “Titilia e Demonão” de Paulo Rezzutti tem classificação indicativa de 14 anos.
Estrelada por Bruno Moser e Giovanna Zottino, a peça conta a trajetória de Domitila e Dom Pedro I.
“Realidade e ficção impregnam os personagens através da poética teatral, projetando- os como visionários numa paixão que abalou o império. A fofoca é um fenômeno universal e a comédia “Pedro e Domitila” escancara para o grande público o que acontecia atrás da porta entre um imperador e sua principal amante”, anunciam os idealizadores.
“Os acontecimentos são apresentados cronologicamente. Começamos com os primeiros encontros em São Paulo, quando Pedro vem a conhecer a bela Domitila, já separada de seu primeiro marido. Proclamada a independência, Pedro retorna ao Rio de Janeiro e busca Domitila. Durante sete anos, como acontece com vários casais, o romantismo vai cedendo lugar à rotina e aos jogos de interesse de ambas as partes, até o rompimento final”, acrescentam.
“Eles se conheceram poucos dias antes da Proclamação da República (7/9/1822) e ele a fez Marquesa de Santos em 1826. Com o imperador, Domitila teve cinco dos 13 filhos, entre dois casamentos. Depois de D. Pedro, Domitila casou-se com o político paulista Tobias de Aguiar (1795-1857). No fim da sua vida, Domitila se dedicou à assistência social em São Paulo. Dom Pedro I Morreu aos 36 anos e deixou 37 filhos”, completam, num convite à sessão.
Além de direção, Espedito também assina Cenografia e Iluminação do espetáculo. Completa a equipe assinando os figurinos, Luiz Gugliato.
O GRUPO RESPONSÁVEL PELO ESPETÁCULO
Espedito conquistou o prêmio da prefeitura de Campo Grande com a proposta por meio do Grupo Teatral Palco/Sociedade Dramática, filiado a AACP- Associação Artística Cultural Palco de Artes Cênicas, Esporte, Lazer e Promoção Social, ambas instituições culturais que coordenada.
O Grupo nasceu em 1995 em Campo Grande. Denominado Grupo Teatral Palco desde a criação, no ano de 2010 o coletivo acrescentou a denominação “Sociedade Dramática”, em homenagem ao primeiro Grupo Teatral da cidade de Corumbá, criado por jovens estudantes e moças da sociedade em 1920.
Em 31 anos de trabalhos ininterruptos, o grupo se consolida pela atuação incessante na busca do fazer e no aperfeiçoamento da qualidade técnica de seus componentes, atuando no cenário nacional e internacional das artes cênicas com mais de 50 prêmios dedicados às suas criações, participações internacionais e menções honrosas.
“Dentre as várias marcas do Grupo, destaca-se a acidez dos temas, a crítica social como elemento fundamental para a transformação da sociedade e a compreensão dos temas abordados. O constante trabalho de pesquisa em dramaturgia, direção, atuação e encenação são vividos a cada nova construção de espetáculo. Todos os componentes do Grupo buscam estudar técnicas de iluminação, criação de trilha, confecção de figurinos e direção cênica.
Buscando um maior intercâmbio e troca de conhecimento, os atores do Grupo atuam ou dirigem outros trabalhos em vários Grupos de MS”, dizem num texto à imprensa.
SERVIÇO
- O que? Espetáculo Pedro e Domitila
- Dia: 31 de agosto
- Hora: Às 14h30
- Classificação: 14 anos
- Entrada gratuita
O 1º PRÊMIO IPÊ
Instituído pelo Decreto Municipal nº 14.759 de 4 de junho de 2021, o prêmio completou em julho desse ano seu 1º ano de existência efetiva, já que foi pago aos artistas somente em 2022.
O 1º Prêmio Ipê investiu R$ 960 mil contemplando o total de projetos das áreas abaixo:
- 100 projetos no Artesanato;
- 32 projetos nas Artes Visuais;
- 08 projetos no Audiovisual;
- 04 projetos na Dança;
- 04 projetos no Teatro;
- 05 projetos na Literatura.
Como mostramos no TeatrineTV, a 2ª edição do Prêmio Ipê não foi lançada pela prefeitura até este final do mês de agosto de 2023. O Superintendente de Cultura da Secretaria de Cultura e Turismo (Sectur), Beto Figueiredo, havia dito à reportagem que a Sectur pretendia lançar a 2ª edição do prêmio e os editais culturais até julho deste ano. A promessa, no entanto, não foi cumprida.
