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Artes Cênicas

Sônia é vítima de feminicídio aos 15 anos em espetáculo de 1951 em cartaz na Capital

Por TERO QUEIROZ • 02/02/2023 • 23:34

O jornalista e dramaturgo pernambucano Nelson Rodrigues lançou ao mundo o seu único monólogo da vida: Valsa Nº 6, em 1951. À época, o estupro coletivo de uma jovem do sexo feminino era chamado de ‘curra’ e o feminicídio sequer era tipificado no Código Penal brasileiro.

Naquele período, homens que violentassem mulheres em razão do sexo delas, eram chamados de rapazes da "juventude transviada". Em meio a essa barbárie ‘ignorada’ da década, Nelson escreveu ‘Valsa Nº 6’. O espetáculo teatral está em cartaz no sábado (4.fev.23) e domingo (5.fev.23), às 20h no Espaço Fulano Di Tal em Campo Grande (MS).

A concepção e atuação é de Tauanne Gazoso e o acompanhamento e orientação é de Fernando Lopes.

Na história do monólogo, Sônia, aos 15 anos, está morta no palco tentando entender o que pode ter interrompido sua existência de forma tão precoce. Para isso, a heroína fúnebre aciona memórias e vozes de familiares que habitam seu inconsciente.

Taxada de ‘louca’ no 1º ato, Sônia tenta explicar a paixão por um homem mais velho, casado. Seu médico diz ser um episódio de ‘delírio’, o que seria o pior para sua família. O monólogo tem dois atos de 25 minutos cada e na 2ª parte, mostrará quem é o autor da morte da menina e qual seria a ‘motivação’.     

Os Ingressos para o espetáculo:

  • Inteira: R$ 40,00
  • Meia:  R$ 20,00

Antecipado, todos pagam meia. As reservas podem ser feitas pelo WhatsApp: (67) 99225-3701.

SERVIÇO

O espetáculo será apresentado nos dias 4 e 5 de fevereiro, às 20h, no Espaço Fulano Di Tal, que fica localizado na Rua Rui Barbosa, 3099 – Centro, quase esquina com a Rua Maracaju, em Campo Grande (MS).

ESTREOU EM JANEIRO

A montagem feita por Tauanne e Fernando Lopes estreou em 05 de janeiro de 2023 na Estação Cultural Teatro do Mundo. Naquela ocasião, em entrevista ao TeatrineTV, a atriz relatou ser um grande desafio encenar a peça justamente em razão de a obra não ter uma sequência linear e devido ao fato de o texto transitar entre a realidade, memórias da personagem e alucinações. 

“Fazer uma obra do Nelson Rodrigues é um desafio e um grande prazer. A valsa N6 é um drama psicológico, não é uma obra linear e propõe os três planos de ações: realidade, memória e planos de alucinação”, pontuou. E completou: “O meu desejo é ter um teatro lotado nesta temporada. E compartilhar esta obra com o máximo de pessoas possíveis”. 


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Tags: Campo Grande, CULTURA, destaque, Espaço Fulano Di Tal, espetáculo teatral, Mato Grosso do Sul, Nelson Rodrigues, Tauanne Gazoso, Valsa Nº 6

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