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O AGENTE SECRETO

Wagner Moura é o primeiro ator brasileiro a vencer Melhor Ator em Cannes

O Agente Secreto acompanha Marcelo, um engenheiro especializado em tecnologia que retorna ao Recife no fim dos anos 1970, em meio à repressão do regime militar

Por TERO QUEIROZ • 24/05/2025 • 14:20
Imagem principal Wagner conquistou o Prêmio de Melhor Ator em Cannes. Fotos: Arquivo

Wagner Moura conquistou neste sábado (24.mai.25) o prêmio de Melhor Ator no Festival de Cannes 2025 por sua atuação em O Agente Secreto, dirigido por Kleber Mendonça Filho. Esta é a primeira vez que um ator brasileiro recebe esse reconhecimento na mostra competitiva principal do festival francês.

A vitória marca a terceira vez que um intérprete brasileiro é premiado em Cannes, porém é a 1ª vez de um homem. Antes, venceram Fernanda Torres que arrebatou o prêmio de Melhor Atriz por Eu Sei que Vou Te Amar (1986), dirigido por Arnaldo Jabor, e Sandra Corveloni recebeu o prêmio de Melhor Atriz em Linha de Passe (2008), de Walter Salles e Daniela Thomas.

O Agente Secreto acompanha Marcelo, um engenheiro especializado em tecnologia que retorna ao Recife no fim dos anos 1970, em meio à repressão do regime militar. Moura interpreta o protagonista envolvido em uma trama de tensões políticas e existenciais. O filme aborda temas como vigilância, censura e as contradições da sociedade brasileira naquele período.

A cerimônia de premiação da 78ª edição do Festival de Cannes foi realizada no Palais des Festivals. Ausente do evento, Moura foi representado pelo diretor Kleber Mendonça Filho, que também recebeu o prêmio de Melhor Direção pelo mesmo filme.

O elenco do longa conta ainda com Maria Fernanda Cândido, Gabriel Leone, Isabél Zuaa, Hermila Guedes e o alemão Udo Kier, que já havia trabalhado com Mendonça em Bacurau (2019). O filme, ainda sem data de estreia no Brasil, é distribuído internacionalmente pela The Match Factory.

A atuação de Moura foi bem recebida pela crítica internacional. O jornal Le Monde descreveu seu desempenho como "intenso e contido", enquanto a revista Variety destacou "a presença silenciosa, mas magnética" do ator no papel principal. The Guardian apontou que o filme e a interpretação de Moura "reconstroem com precisão o clima de paranoia e resistência no Brasil da década de 1970".


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