Acontece em Goiânia (GO), a 2ª edição do BRABAS Festival, nos dias 5 e 6 de julho, no Centro Cultural Martim Cererê. Com entrada gratuita e programação inteiramente composta por mulheres e artistas trans e travestis, o evento reafirma seu papel como espaço de visibilidade e resistência na cultura hip hop brasileira.
Entre os nomes confirmados estão Brisa Flow e EBONY, duas artistas de destaque no rap nacional que se apresentam pela primeira vez no festival. No sábado (5.jul.25), Brisa Flow sobe ao palco trazendo suas experimentações musicais e letras marcadas por ancestralidade e identidade indígena. A artista é descendente do povo mapuche e mistura rap, R&B e elementos eletrônicos em suas produções.
O domingo (6.jul.25) será encerrado por EBONY, rapper conhecida por seu estilo direto e provocador. Ganhou repercussão nacional após o lançamento do single “Espero Que Entendam”, no qual critica figuras importantes do rap atual. A apresentação marca sua estreia em Goiânia.
Além das atrações nacionais, o BRABAS também terá talentos locais. Entre os destaques estão Kaemy, campeã do Duelo Nacional de MCs, a DJ La Princess Mila e as artistas Rakel Reis, A Fúria, Anny Di, Lilian Preta, Lara Evelin e Madrinha Odara.
"É um orgulho para nós mulheres construir um festival fora do eixo Rio-SP, destacando a cena cultural do Cerrado. O hip hop goiano tem identidade, força e resistência e nasceu para provar que aqui também se faz hip hop, sobretudo potencializar vozes femininas, cis, trans, travestis, indígenas da cena nacional", afirma Kauara Sousa, produtora executiva do BRABAS.
Segundo a organização, a intenção é promover mais que um festival de música, o BRABAS investe em ações de impacto social e educação. Estão programadas oficinas de breaking e graffite para alunos de escolas públicas e comunidades quilombolas, como o Colégio Estadual Jardim Cascata, em Aparecida de Goiânia.
A estrutura do evento também contempla acessibilidade e inclusão. Haverá fraldário, espaço de amamentação, distribuição de absorventes e três listas especiais de gratuidade: Lista Trans, Lista Mães e Lista Indígena.
Realizado com recursos da Lei Rouanet, o festival tem patrocínio do Instituto Cultural Vale e apoio do Ministério da Cultura.