O Ministério da Cultura (Minc) lançou ontem (05.abr.2023) o Prêmio Carolina Maria de Jesus de Literatura Produzida por Mulheres. As 40 escritoras contempladas receberão R$50 mil reais cada.
As inscrições começam na próxima 4ª.feira (12.abr) e vão até dia 10 de junho. Somados, os prêmios totalizam R$2 milhões, sendo esta a maior premiação literária do Brasil.
No evento de lançamento, que ocorreu no Salão Oeste do Palácio do Planalto, a Ministra da Cultura, Margareth Menzes festejou a premiação. “Quando reverenciamos a memória de Carolina Maria de Jesus, estamos dando um passo para o futuro, para a construção de um país com mais civilidade”, disse a Ministra, ao lado da filha de Carolina, a professora Vera Eunice de Jesus.
O PRÊMIO
A premiação é destinada a mulheres cis ou transgênero brasileiras, maiores de dezoito anos, que tenham obras literárias inéditas dos gêneros: conto, crônica, história em quadrinho, poesia, romance ou roteiro de teatro. Cada escritora pode inscrever apenas uma obra de um gênero literário escrita em português do Brasil.
O edital busca cumprir com as diretrizes e princípios do Plano Plurianual do Governo Federal, Plano Nacional do Livro e Leitura (PNLL) e da Política Nacional de Leitura e Escrita (PNLE), promovendo, valorizando e difundindo a literatura brasileira produzida por mulheres. Também está prevista a reserva de 20 vagas para mulheres com deficiência, negras, indígenas, ciganas ou quilombolas.
Serão premiadas 40 obras literárias, sendo que cada autora receberá R$50 mil brutos, sem desconto de imposto, totalizando R$2 milhões investidos. Para se inscrever, basta clicar AQUI para preencher o formulário que está no Mapa da Cultura do Governo Federal e anexar os documentos necessários. Ao submeter a inscrição, a autora deve se atentar a formatação do arquivo, que deve estar salvo em PDF.
CAROLINA MARIA DE JESUS
Carolina Maria de Jesus nasceu em Minas Gerais, na Sacramento de 1914. Neta de escravos, trabalhou como empregada doméstica em São Paulo, onde publicou poemas nos jornais Folha da Manhã e Folha da Noite. Sua obra retratou a realidade das periferias brasileiras. Seu primeiro livro, ‘Quarto de despejo: o diário de uma favelada’, publicado em 1960, demarcou questões sociais, sendo traduzido em 13 idiomas e vendido em mais de 40 países. Multiartista, cantou e compôs sambas e marchinhas, além de ter publicado outros seis livros.
