A Biblioteca Nacional anunciou na última 3ª. feira (30.mai.2023), durante cerimônia de posse do novo presidente da instituição, Marco Lucchesi, a criação do Prêmio Akuli de Literatura.
Com o objetivo de perpetuar a memória dos povos originários, ribeirinhos e de matrizes culturais africanas no território brasileiro, o prêmio terá foco nas histórias orais, fixação de cantos ancestrais e narrativas de oralidade.
"Eu percebi essa necessidade ao visitar aldeias indígenas e quilombolas, porque os jovens estavam buscando reconquistar suas línguas [tradicionais], aprendê-las e, sobretudo, registrar as velhas canções. (…). Há uma necessidade de recuperar a memória. E como a Biblioteca Nacional é a casa da memória, era importante criar esse prêmio que espalhar essa vontade de não perder essa memória ancestral", explicou Lucchesi.
Akuli era a alcunha de um sábio indígena que foi um exímio narrador de histórias ancestrais. A literatura oral sobre Macunaíma que Akuli transmitiu ao cientista alemão Theodor Koch-Grünberg foi determinante para a obra de Mário de Andrade.
A previsão é que a primeira edição do prêmio seja lançada ainda em 2023.
*Matéria alterada às 20h49 de 27/07/2023