A Revista Badaró — primeiro veículo brasileiro de jornalismo em quadrinhos — foi a vencedora na categoria “Mídia Independente”, da 2ª edição do Prêmio Megafone. O anúncio ocorreu no domingo (16.abr.23).
Fundada e sediada em Campo Grande (MS), a revista já foi destaque aqui no TeatrineTV.
A Badaró venceu com a reportagem em quadrinhos “Um povo, três massacres”, que denuncia três casos de violações dos direitos do povo guarani-kaiowá em Mato Grosso do Sul.
Na mesma categoria, estavam os seguintes concorrentes:
- Podcast Medo e Delírio em Brasília – Episódio: "Ganhamos, porra!";
- Podcast Radinho Bdf do Brasil de Fato – Episódio: "Crianças indígenas defendem demarcação de terra e autonomia sobre territórios";
- Série "Termelétricas No Nordeste" por Agência Eco Nordeste; e,
- Guia "Amazônia Legal E O Futuro Do Brasil" por Sinal de Fumaça.
A reportagem em quadrinhos campeã foi produzida por Guilherme Correia, Iara Cardoso, Marina Duarte e Norberto Liberator Neto. Esse último, contou ao TeatrineTV, como o time da Revista Badaró recebeu o anúncio da vitória frente às grandes referências do jornalismo indepente brasileiro que estavam no pário.
“Ficamos muito felizes com esse reconhecimento, sobretudo pela visibilidade que traz ao jornalismo em quadrinhos, às produções de fora dos grandes centros e, principalmente, às demandas dos povos indígenas de Mato Grosso do Sul. Ser agraciado por organizações respeitadas em todo o mundo, vencendo veículos grandes que inclusive serviram de inspiração para o nosso trabalho, é algo que nem imaginávamos”, externou.
O PRÊMIO MEGAFONE
Além da imprensa, o Prêmio Megafone também destaca ações de cidadania, perfis de redes sociais, autores de cartazes, artistas de rua, documentários, memes, fotografias, músicas e videoclipes.
A premiação é uma iniciativa conjunta de diversas organizações ligadas a causas humanitárias e ambientais: Greenpeace, WWF Brasil, Pimp My Carroça, Engajamundo, Instituto Socioambiental e Sumaúma.
Não é a primeira vez que a Badaró é indicada a um prêmio nacional. A revista foi 2ª lugar do Prêmio Mosca em 2020, com uma produção sobre a Covid-19 em aldeias indígenas; venceu o Troféu Expocom Centro-Oeste em 2021 com reportagem sobre a influência religiosa na política; e ganhou Menção Honrosa no Prêmio Vladimir Herzog de Anistia e Direitos Humanos, também em 2021, com uma entrevista ilustrada sobre indígenas LGBT+.