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CIA D'ÁGUA NA PENEIRA

'Campeão da LPG', projeto transfere saberes aos profissionais da primeira infância

Dupla aborda 'técnicas do brincar' em quatro oficinas gratuitas

Por TERO QUEIROZ • 12/06/2024 • 16:14
Imagem principal Profissionais que atuam com a primeira infância recebem oficina gratuita de brincantes. Foto: Reprodução

A Cia d'Água na Peneira, liderada pela brincante Giulia (Giulia Schröder) e pelo brincante Vini (Vinicius Rocha), em parceria com a Casa de Ensaio, iniciaram em 18 de maio e encerram em 23 de junho um ciclo de oficinas do projeto "Água do Rio que Corre para o Mar: a r t e e d uc a çã o brincante para bebês e crianças pequenas", que visa compartilhar saberes brincantes com professores de educação infantil, artistas e profissionais da saúde que atuam com o público da primeira infância em Campo Grande (MS).

O projeto foi o 'campeão' no Edital para 'Demais Áreas Culturais', na Lei Paulo Gustavo da Capital sul-mato-grossense, tendo obtido 88 pontos dos pareceristas e recebido R$ 35 mil de incentivo. Os recursos do edital gerenciado pela Secretaria de Cultura e Turismo (Sectur), são do Ministério da Cultura do governo do presidente Lula. Eis a íntegra.  

De acordo com os organizadores, o objetivo do projeto vai além de ensinar brincadeiras. "Queremos proporcionar uma reflexão coletiva sobre a importância do brincar e da cultura da infância, incentivando os adultos a revisitar sua própria infância e a se divertirem muito voltando a brincar", introduziu Giulia.

A brincante Giulia (Giulia Schröder) e o brincante Vini (Vinicius Rocha) durante oficina para educadores, artistas e profissionais da saúde. Encontros são na Casa de Ensaio. Foto: ReproduçãoA brincante Giulia (Giulia Schröder) e o brincante Vini (Vinicius Rocha) durante oficina para educadores, artistas e profissionais da saúde. Encontros são na Casa de Ensaio. Foto: Reprodução

Além das atividades práticas, os participantes terão a oportunidade de assistir a minidocumentários sobre a cultura da infância e projetos com crianças e escolas, seguidos por debates enriquecedores e compartilhamento de experiências profissionais. "É fundamental fornecer boas referências de estudo para a continuidade do trabalho dos profissionais, por isso, durante as oficinas, apresentamos materiais de estudo relevantes para a prática pedagógica", acrescentou Vini, co-idealizador do projeto.

Giulia comentou que compartilhar a cultura brincante vai muito além de uma transferência de conhecimentos, é um movimento pela infância livre e a favor do direito de brincar. “Então, me vejo como mediadora da relação dos profissionais da infância com os artefatos culturais produzidos pelas crianças em diferentes territórios, permitindo não somente trazer à tona a criança interior desses adultos, que ao se permitirem brincar se desenvolvem enquanto humanos, mas também dando ferramentas para que atuem com as crianças em suas diversas áreas, de forma respeitosa e enriquecedora para ampliar seu repertório de músicas, jogos e brincadeiras, algo cada vez mais necessário nos tempos em que os nativos digitais têm sua cognição afetada negativamente pelo uso desenfreado das tecnologias virtuais”, disse. 

A brincante Giulia (Giulia Schröder) durante apresentação. Foto: ReproduçãoA brincante Giulia (Giulia Schröder) durante apresentação. Foto: Reprodução

Ainda de acordo com a idealizadora do projeto, já ocorreram três ciclos de oficinas na Casa de Ensaio,  chamadas por nomes temáticos, nas seguintes datas: 

  • Turma Terra: 18 e 19 de maio;
  • Turma Rio: ocorreu nos dias 25 e 26 de maio;
  • Turma Vento (com interpretação em LIBRAS): ocorreu nos dias 8 e 9 de junho; e,

O encerramento dos encontros ocorrerá nos próximos dias 22 e 23 de junho, com a ‘Turma Maré’.

Parte dos profissionais contemplados nas oficinas da Cia D'água na Peneira. Foto: ReproduçãoParte dos profissionais contemplados nas oficinas da Cia D'água na Peneira. Foto: Reprodução

A brincante compartilhou como tem percebido que o projeto afeta os integrantes. “Está sendo incrível observar o quanto os saberes compartilhados na Oficina Brincante irão reverberar sim, e já têm tido um efeito positivo na rede de ensino no nosso município. Tivemos casos de professoras aflitas, já quase desistindo, devido a imensa sobrecarga e desafios estruturais, e que saíram da oficina se sentindo abastecidas, inspiradas e dedicadas a melhorar a sua prática com as novas possibilidades que lhes foram apresentadas no curso. Sabemos que estes profissionais tiveram sua energia renovada para enfrentar o cotidiano duro das escolas, fortalecendo vínculos nessa rede brincante pela infância que estamos fortalecendo em Campo Grande”, completou. 

MATERIAL E ALCANCE

Adultos que trabalhem com a primeira infância é o público das oficinas. Foto: ReproduçãoAdultos que trabalhem com a primeira infância é o público das oficinas. Foto: Reprodução

As oficinas contemplam uma variedade de temas, desde brincadeiras com nomes até acalantos, brincos infantis, brincadeiras de mãos, de corda, de roda, fórmulas de escolha, rodas de verso e repertório junino.

Cada turma de oficinas acontece durante um final de semana, com atividades programadas para o sábado durante todo o dia, com intervalo para almoço, e no domingo pela manhã. Durante o curso, são abordados diferentes períodos do desenvolvimento humano, desde o repertório para bebês até brincadeiras adequadas para crianças mais velhas e adolescentes.

Estima-se que ao longo do projeto 50 profissionais da infância sejam contemplados, além de beneficiar indiretamente suas respectivas instituições e aproximadamente 800 bebês e crianças pequenas nas 4 Escolas de Educação Infantil (EMEIS) contempladas pela contrapartida social.

APRESENTAÇÕES

Além do ciclo de oficinas, o projeto da Cia d'Água na Peneira realizou apresentações artísticas gratuitas em 4  EMEIS periféricas, nas seguintes datas e locais:

  •   23 de maio - EMEI Dom Antônio Barbosa, no Aero Rancho;
  •   28 de maio - EMEI Antônio Lopes Lins, no Caiobá;
  •   04 de junho - EMEI Maria Carlota, no Paulo Coelho; e,
  •   11 de junho - EMEI Antônio Rustiano Fernandes, na Nhanhá.

 


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