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RECURSO PÚBLICO

Sob Riedel, sertanejos sugam R$ 8,4 milhões do cofre cultural

Vendo gargalho, cantores gospel também começam a 'beber da fonte'

Por TERO QUEIROZ • 02/08/2023 • 18:20
Imagem principal Eduardo Riedel torrou dinheiro da cultura com sertanejos. Foto: Tero Queiroz

O dinheiro público cultural vem sendo escoado para indústria sertaneja à revelia pela gestão de Eduardo Riedel (PSDB) nesse primeiro semestre de 2023.

A reportagem do TeatrineTV fez um levantamento, para a série 'Uso dos Recursos Públicos Culturais em MS', na qual destaca as contratações mais caras e que mais apareceram no diário oficial nesse período.

Mostramos recentemente aqui, que a Secretaria de Estado de Turismo, Esporte, Cultura e Cidadania (Setescc) e a Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul (FCMS), geridas por Marcelo Miranda, tem atuado mais como produtoras de eventos do que de fato como Secretaria e Fundação que deveriam promover políticas públicas culturais.

Apesar de várias linguagens artísticas como teatro, dança, cinema, literatura, moda e design, artes visuais, cinema, artesanato e a própria música — não sendo do gênero sertanejo — entre outras linguagens, estarem sendo agressivamente esquecidas pela equipe Riedel nesses seis meses, os artistas do gênero sertanejo, principalmente as celebridades e subcelebridades de Mato Grosso do Sul, tem muito a ‘celebrar’.

Nossa equipe apurou que nesse semestre mais de R$ 8,4 milhões foram sugados do cofre cultural para ‘contratações diretas’ realizadas pela FCMS. O investimento é superior ao valor dos festivais culturais e ultrapassa a quantia aplicada no Fundo de Incentivo à Cultura (FIC) — edital público que na edição de 2022 foi disputado por mais de 400 projetos culturais e que não teve sua edição de 2023 lançada. Além de privilegiar apenas um gênero musical, o governo também dá preferência à contratação de duplas e solos masculinos, apesar de haver duplas femininas de grande qualidade em Mato Grosso do Sul.

Abaixo, acompanhe em detalhes quais foram os artistas beneficiados pela gestão tucana nesse semestre:

ALEX E YVAN

Alguns artistas que estão fora dos holofotes, o caso da dupla Alex e Yvan, apesar disso, é preterida nas contratações diretas realizadas pela Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul (FCMS) neste semestre.

Originada em 2005 em Bodoquena, a dupla desfez sua formação original – Alex Ferreira Maidana (Alex) e Ivan Pereira (Yvan) – em 2019. Agora é composta pelas vozes de Alex Pereira e Fagner Fabricio Corrêa.

Alex e Yvan é apenas uma dupla sertaneja, de dezenas, que parasitam os cofres culturais levando todo dinheiro que deveria ser investido em política pública em prol das diversas linguagens.

De março a agosto de 2023, Alex e Yvan sugaram R$ 725 mil aos cofres da cultura, sendo contratada pela FCMS pelo menos 12 vezes. Eis a íntegra de eventos realizados pela dupla:

A dupla tem como empresário exclusivo a JPR Produções e Eventos Artísticos LTDA, nome fantasia é 'Faiz Barui Producões e Eventos'. Os contratos de Alex e Yvan são assinados por Juliete Pereira Rodrigues. Eis o extrato do período:

Portal da Transparência de Mato Grosso do Sul, acessado em 2 de agosto de 2023 neste link: http://www.transparencia.ms.gov.br

MARIA CECÍLIA E RODOLFO

Outros artistas sertanejos queridos pelos tucanos, são Maria Cecília e Rodolfo Trelha, casal que forma a dupla sertaneja 'Maria Cecília e Rodolfo', originada em Campo Grande (MS), em 2007. Apesar de terem conseguido alçar fama nacional, há anos grande fatia dos lucros da dupla está vindo do cofre da FCMS.

Somente neste 1º semestre, ‘Maria Cecília e Rodolfo’ sugou R$ 960 mil do cofre cultural para realização de 8 shows de 1h30 cada. Eis a íntegra de eventos:

Maria foi a única mulher do sertanejo contratada pelo governo nesse semestre. Eles tem como empresário exclusivo Rafael Ganeo Kinock Eventos LTDA, o mesmo que assina os contratos da dupla junto a FCMS. Eis o extrato do período:

Portal da Transparência de Mato Grosso do Sul, acessado em 2 de agosto de 2023 neste link: http://www.transparencia.ms.gov.br

 

JOÃO BOSCO E VINÍCIUS

João Bosco Homem de Carvalho Filho (natural de Rondonópolis - MT) e Vinícius Fernando Karlinke (natural de Naviraí – MS) se conheceram em Coxim (MS), em 1991, quando ambos tinham 10 anos. Aos 12 anos, eles foram adversários no extinto Festival da Canção. Na época, acabaram empatados na competição musical e foram incentivados pelos familiares a montarem a dupla João Bosco e Vinícius.

Em 1999, na adolescência, eles migraram para a Capital sul-mato-grossense e continuaram, na faculdade, com suas cantorias. Com público formado por acadêmicos, praticamente deram início ao gênero hoje conhecido como Sertanejo Universitário.

Atualmente, a dupla reside e possui escritório no município de Ribeirão Preto, no interior paulista.

Com agenda cheia, ainda assim, sempre que podem, coletam sua modesta ‘fatia do bolo’ oriunda do cofre cultural sul-mato-grossense. Neste primeiro semestre da gestão Riedel, a dupla recebeu R$ 450 mil para 3 apresentações. Eis a lista de locais:

A dupla tem como empresário exclusivo a S4 – Produções Artísticas LTDA. Os contratos de 'João Bosco & Vinícius" junto a FCMS são assinados por Luiz Montoya Samperi. Eis o extrato do período:

Portal da Transparência de Mato Grosso do Sul, acessado em 2 de agosto de 2023 neste link: http://www.transparencia.ms.gov.br

HENRIQUE E DIEGO

Originada em Cuiabá (MT), a dupla se conheceu em 1998 ao fazerem parte de uma banda de pagode chamada “Jeito de ser”. Em 2005, ambos saíram da banda e montaram a dupla. O primeiro CD deles foi lançado em 2010.

Neste primeiro semestre da gestão Riedel, Henrique e Diego também receberam R$ 690 mil para apresentações em 5 locais. Eis:

A dupla tem como empresário exclusivo a Live Talentos Agenciamento, Produção e Publicidade LTDA. Os contratos são assinados em nome da empresa. Eis o extrato do período:

Portal da Transparência de Mato Grosso do Sul, acessado em 2 de agosto de 2023 neste link: http://www.transparencia.ms.gov.br

JOÃO CARREIRO

O também cuiabano João Sérgio Batista Corrêa Filho, de 40 anos, conhecido pelo nome artístico João Carreiro, ganhou fama ao fazer dupla com Hilton Cesar Serafim da Silva (o Capataz), de 45 anos.

Eles fizeram dupla desde 1999 até 2014, quando anunciaram aseparação da formação.

Desde 2015, João Carreiro segue como compositor e cantor solo.

O cantor sertanejo cuiabano faturou R$ 749 mil do cofre da cultura sul-mato-grossense nos primeiros 6 meses do governo de Eduardo Riedel. Eis a relação:

João tem como empresário exclusivo a empresa JSB Produções Artísticas Ltda (J S B Corrêa Produções Artísticas Eireli). A própria empresa assina os contratos do cuiabano. Eis o extrato do período:

Portal da Transparência de Mato Grosso do Sul, acessado em 2 de agosto de 2023 neste link: http://www.transparencia.ms.gov.br

JOÃO LUCAS E WALTER FILHO

A dupla campo-grandense João Lucas e Walter Filho (2007), também teve aparições recorrentes no DOEMS nesse semestre.

O primeiro CD deles foi gravado em 2008 e no ano seguinte o segundo CD, lançado ao vivo em Campo Grande. Na época eles lançaram hits em baladas sertanejas.

Os artistas faturaram R$ 330 mil para realização de 6 shows. Eis a relação:

A dupla tem como empresário exclusivo a empresa JW Produções e Eventos LTDA - ME. Os contratos deles são assinados por Luiz Oliveira de Souza. Eis o extrato do período:

Portal da Transparência de Mato Grosso do Sul, acessado em 2 de agosto de 2023 neste link: http://www.transparencia.ms.gov.br

MUNHOZ E MARIANO

Os campo-grandenses Raphael Calux Munhoz Pinheiro e Ricardo Mariano Bijos Gomes (Munhoz e Mariano) faturaram R$ 915 mil dos cofres da cultura nos primeiros 6 meses deste ano. Eles já foram notícia aqui durante a gestão de Reinaldo Azambuja.

Desde 2009 eles trabalham juntos, sendo que alcançaram fama nacional em 2011 com a música ‘Camaro Amarelo’. Apesar de terem reconhecimento para venda de ingressos, a dupla tem faturado alto sugando os recursos do cofre cultural sul-mato-grossense. Eis a relação:

Eles tem como empresário exclusivo a empresa M2 Produções Artísticas LTDA. Os contratos são assinados por Rafael Calux Munhoz Pinheiro, o Munhoz. Eis o extrato do período:

Portal da Transparência de Mato Grosso do Sul, acessado em 2 de agosto de 2023 neste link: http://www.transparencia.ms.gov.br

JADS E JADSON

(23.abr.23) - Jads e Jadson no encerramento da 83ª edição da Expogrande. Foto: FCMS

A dupla de cantores e compositores sertanejos formada pelos irmãos Jads Paulo Alves dos Santos e Jadson Alves dos Santos, naturais de Catanduvas (PR), sugou R$ 392 mil do cofre cultural de MS entre abril e junho de 2023. Eis a relação:

Com a família, os irmãos migraram para Ponta Porã (MS), ainda pequenos, cidade onde participaram de vários festivais.

Gravaram o primeiro CD em 1990. Em 2003, gravaram o CD Acústico, com várias composições próprias. Com o disco, realizaram apresentações em várias cidades do Mato Grosso do Sul. Em 2004, lançaram o álbum Dom Brasileiro. A partir desse CD, com a repercussão nacional da

Além de cantores, a Jads e Jadson se tornaram empresários do ramo do agronegócio e administram duas fazendas e fortuna considerável, ainda não especificada. A dupla é bolsonarista. Eles estiveram entre os 36 cantores do gênero que em janeiro de 2020 reuniram-se no Palácio do Planalto para mostrar apoio ao então presidente Jair Bolsonaro (PL) e cobrar que ele colocasse fim a política de meia-entrada, definida pela Lei Federal nº12.933/2013. A lei que o grupo mirava derrubar, garante o benefício para estudantes, pessoas com deficiência e jovens de baixa renda com idade entre 15 e 29 anos em espetáculos artístico-culturais e esportivos. Alguns estados e municípios também têm leis regionais que estendem o benefício, por exemplo, a professores.

A dupla tem como empresário exclusivo a empresa Jads e Jadson Produções Artísticas LTDA - ME. Seus contratos junto a FCMS são assinados por Jadsmara Alves dos Santos. Eis o extrato do período:

Portal da Transparência de Mato Grosso do Sul, acessado em 2 de agosto de 2023 neste link: http://www.transparencia.ms.gov.br

ALMIR SATER

(23.abr.23) - Jads e Jadson ao lado de Almir Sater no encerramento da 83ª edição da Expogrande. Foto: FCMS

O cantor e ator campo-grandense, Almir Eduardo Melker Sater, conhecido apenas como Almir Sater, abandonou o curso de Direito no auge dos 20 anos para trabalhar com música.

Sua primeira dupla foi com um amigo para a formação ‘Lupe e Lampião’, em que Almir era o Lupe. Em 1979, Almir migrou para São Paulo, onde conheceu a Tetê Espíndola, na época líder do grupo Lírio Selvagem. Fez alguns shows com o grupo, depois passou a acompanhar a cantora Diana Pequeno.

Ele gravou seu primeiro disco em 1980, o "Estradeiro”, que contou com a participação de Tião Carreiro. O segundo álbum foi em 1982, o "Doma", que marcou o encontro com o parceiro Paulo Simões. A partir daí a carreira de Almir 'decolou'.

Além de cantar, Almir também atua. O segundo ofício começou em 1990, quando participou da  novela Pantanal, da extinta Rede Manchete, no papel de Xeréu Trindade. Em 1991, participou de ‘A História de Ana Raio e Trovão’, como Zé Trovão, também pela Rede Manchete. Participou da novela "O Rei do gado", em 1996, como Aparício Pirilampo, pela Rede Globo. E em 2006 fez a o papel de Marino, na novela "Bicho do Mato", da Rede Record. Em 2022 fez o papel do Chalaneiro Eugênio no remake da novela Pantanal, agora produzida pela Rede Globo.

Almir também é empresário do mercado imobiliário e pecuarista. Sua fortuna está estimada em R$ 30 milhões, com salário mensal de R$ 2 milhões.

Somente com música, nos primeiros seis meses de 2023, Almir Sater lucrou R$ 1,6 milhão sob a gestão Riedel. Eis a relação:

O empresário exclusivo de almir é a empresa e Sater & Sater LTDA. Os contratos dele são assinados por Claudete Aparecida de Faria. Nos diários oficiais, como notamos, Almir aparece como tendo recebido para um show simultâneo no dia 2 de junho em Água Clara e Campo Grande. No extrato no Portal da Transparência, entretanto, o governo liquidou o pagamento de R$ 200 mil a menos para o artista. Eis o extrato do período:

Portal da Transparência de Mato Grosso do Sul, acessado em 2 de agosto de 2023 neste link: http://www.transparencia.ms.gov.br

GABRIEL SATER

Gabriel Sater é ator, cantor e compositor, filho de Selene Albuquerque e do cantor Almir Sater.

O artista tem maior reconhecimento como, pois estreou na novela das seis Meu Pedacinho de Chão em 2014, no remake da novela de 1971, escrita pelo dramaturgo Benedito Ruy Barbosa. Sater filho interpretou Viramundo que fazia o par romântico de Milita, personagem da modelo Cíntia Dicker. Em 2022, ele retornou às novelas, dando vida a Xeréu Trindade no remake de Pantanal.

O cantor é casado com a produtora Paula Cunha, o casal se conheceu em 2006 durante uma apresentação de Gabriel e está junto desde aquela época, eles não tem planos de ter filhos e adotaram cinco cães.

Assim como o pai, Gabriel Sater garante sua “mesada da FCMS”. Para 4 shows, o herdeiro Sater recebeu R$ 395 mil. Eis a relação:

Gabriel tem como empresário exclusivo a empresa Sater & Cunha Eventos e Serviços LTDA. Os contratos dele são assinados pela esposa, Paula Cristina Rezende da Cunha. Eis o extrato do período:

Portal da Transparência de Mato Grosso do Sul, acessado em 2 de agosto de 2023 neste link: http://www.transparencia.ms.gov.br

BRUNINHO E DAVI

A dupla campo-grandense faturou R$ 390 mil em 3 shows entre maio e junho em MS:

A dupla tem como empresário exclusivo a empresa B&D Produções Artísticas LTDA. Os contratos são assinados pelo 1ª voz, Davi Garcia de Ávila Filho. Eis o extrato do período:

Portal da Transparência de Mato Grosso do Sul, acessado em 2 de agosto de 2023 neste link: http://www.transparencia.ms.gov.br

VICTOR GREGÓRIO E MARCO AURÉLIO

A dupla Victor Gregório e Marco Aurélio faturou R$ 325 mil de abril a agosto deste ano. Eis a relação:

A dupla tem como empresário exclusivo a empresa Pé de Verso LTDA. Os contratos junto da FCMS são assinados por Victor do Prado Gregório. Eis o extrato do período:

Portal da Transparência de Mato Grosso do Sul, acessado em 2 de agosto de 2023 neste link: http://www.transparencia.ms.gov.br

FERNANDO E SOROCABA

A dupla paulista realizou apenas um show em MS neste semestre, tendo faturado a bagatela de R$ 230 mil do cofre cultural. A dupla foi contratada pela prefeitura de Água Clara para animar as festividades do aniversário de 69 anos de emancipação política no município, comemorado na data de 8 de fevereiro de 2023, sendo a realização do referido show em  7 de fevereiro de 2023.

O contrato aponta como empresário exclusivo da dupla a empresa José Carlos de Assis Produções Artísticas LTDA — uma Micro Empresa com capital social de R$ 10 mil instalada em Indianápolis (SP). No Portal da Transparência não consta nenhum repasse de valor pago à dupla pela FCMS. Eis o diário.

LOUBET

O sertanejo Loubet, dentre os famosos, foi o que menos sugou. O artista faturou R$ 85 mil para um show de 1h40, em 16 de julho, na “Exposição Agropecuária do Município”, no Parque de exposições Rio Apa, em Bela Vista (MS).

KAIO & GABRIEL

Além dos grandes gastos, a FCMS também destina valores significativos para duplas e solos desconhecidos. Esse é o caso da dupla “Kaio e Gabriel”, que tem origem em Campo Grande  em 2017, mas que só em 2022 lançou seu primeiro DVD. A dupla faturou R$ 65 mil em 3 shows. Eis a relação:

GRUPO CHAMA CAMPEIRA

O grupo sul-mato-grossense “Chama Campeira” recebeu R$ 60 mil para realização de 4 shows nesses 6 meses do governo Riedel. Eis a relação:

  • R$ 15 mil para tocar por 1h40, em 16 de abril, no “3º Encontro de Chamamezeiros de MS”, em Campo Grande (MS)
  • “Grupo Chama Campeira” recebeu R$ 15 mil para tocar por 2h no “Encontro do Laço em Ribas do Rio Prado”, no Parque de Exposições Joaquim José dos Santos, em  14 de julho de 2023
  • “Grupo Chama Campeira” recebeu R$ 15 mil para tocar por 1h40, em 13 de maio, no “112ª Festa do Louvor Divino Espírito Santo”, na Comunidade Quilombola Santa Tereza, Rod. MS 436, KM 20 em Figueirão (MS)
  • Recebeu R$ 15 mil para tocar por 1h40, em 7 de julho, no “16ª Noite da Polca, Guarânia, Bolero, Chá Chá Chá e Ritmos Latinos”, na Associação Atlética do Banco do Brasil, em Campo Grande (MS);

TOSTÃO E GUARANY

A dupla Tostão e Guarany é uma sul-mato-grossense que surgiu em 1988 e se tornou uma das duplas mais representativas da chamada “música de raiz”.

A extensa carreira não parece credencial ao governo Riedel. Isso porque esses artistas que já se apresentaram ao lado de grandes nomes como Tonico e Tinoco, Milionário e José Rico, Trio Parada Dura, entre outros, recebem cachês de ‘baixo clero’ no próprio estado no qual nasceram.

Nesses 6 meses de Riedel “Tostão e Guarany” foi contratado em 4 ocasiões, tendo recebido R$ 80 mil para todas as seguintes apresentações:

  • Vão receber R$ 20 mil para um show de 2h, em 13 de agosto, na “75ª Festa de Nossa Senhora dos Navegantes”, no CEO Centro de Esportes e Lazer, no Distrito da Nova Porto XV, em Bataguassu (MS)
  • Receberam R$ 20 mil para um show de 2h, em 7 de maio, na Edição: “Dia das Mães”, no Assentamento Sumatra, Zona Rural, Bodoquena (MS).
  • Recebeu R$ 20 mil por um show de 2h, em 8 de julho, no “1º Arraiá Tiradentes”, no Parque dos Poderes, no Comando Geral da PMMS, em Campo Grande (MS)
  • Recebeu mais R$ 20 mil para um show de 2h, em 22 de julho, no “7º Arraiá Favo de Mel”, em Fátima do Sul (MS)

REPASSES DIRETOS PARA FESTAS SERTANEJAS

Em 25 de julho o governo destinou R$ 150 mil como apoio à ‘51ª Festa do Peão de Cassilândia (MS)’.

O governo de Riedel deu R$ 400 mil como apoio a 46ª Exposição Agropecuária de Ponta Porã - EXPORÃ na cidade de Ponta Porã (MS).

TOTAL TORRADO COM SERTANEJOS

O governo de Eduardo Riedel, nesses 6 meses, torrou R$ 8.436.000 do recurso cultural com a indústria do sertanejo. O valor do levantamento é apenas uma base, porque não considera gasto menores de R$ 15 e R$ 20 mil com artistas de baile como “Canto da Terra”, a dupla “Gilson e Junior”, “Fábio Cunha e o Grupo Batidão” e "Fred e Victor".

GOSPEL ENTRA COM TUDO NO COFRE

Além dos sertanejos, começam aparecer com frequência no DOEMS, contratações diretas de cantores do mundo gospel. Nesse caso, a empresa Criative Music LTDA, de Vila Velha (ES), é a preferida pelo governo tucana. Sozinha, a empresa de Ivanildo Medeiros Nunes sugou R$ 730 mil do cofre cultural, assinando como empresário exclusivo dos seguintes artistas:

  • “Bruna Karla” receberá R$ 125 mil para um show de 90 minutos, em 5 de agosto, no “Circuito Cultural Gospel do MS”, em Coxim (MS);
  • “Midian Lima” faturou R$ 120 mil para um show de 90 minutos, em 15 de julho, no “Circuito Cultural Gospel do MS”, em Maracaju (MS);
  • “Isaias Saad” faturou R$ 90 mil para um show de 90 minutos, em 8 de maio, na “Marcha Para Jesus”, na Avenida Presidente Vargas, s/n, em Iguatemi (MS);
  • “Julia Vitória”, faturou R$ 75 mil para um show de 90 minutos, em 13 de maio, na “Marcha Para Jesus”, na Avenida Afonso Pena entre as Ruas Padre João Crippa e Pedro Celestino, em Campo Grande (MS);
  • “Fernanda Brum” faturou R$ 110 mil para um show de 90 minutos, em 27 de maio, na “Marcha Para Jesus”, realizada na Praça Central Professor Euclides Fabris, em Naviraí (MS);
  • “Trazendo a Arca ”, faturou R$ 120 mil para um show de 90 minutos, em 8 de maio de 2023, na “Marcha Pra Jesus”, no Parque Issac Cardoso, em Terenos (MS);
  • “Paulo César Baruk”, faturou R$ 90 mil para um show de 90 minutos, em 3 de junho, na Edição: Circuito Cultural Gospel, na Praça Generoso Ponce, em Corumbá (MS).

Eis o extrato do período relacionado aos gastos com cantores religiosos:


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Tags: ALEX E YVAN, Almir Sater, BRUNINHO E DAVI, cofre cultural, Criative Music LTDA, CULTURA, destaque, destaque_principal, Dinheiro Público, Duplas Sertanejas

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