O artista visual Jonir Benedito de Figueiredo, de 73 anos, foi encontrado morto na manhã deste sábado (26.jul.25) em Bonito (MS), poucas horas após participar da cerimônia de abertura do Festival Bonito CineSur.
Segundo informações preliminares, ele estava hospedado na casa de um casal de amigos. De acordo com relato divulgado pelo jornalista Bosco Martins no Facebook, amigo próximo de Jonir, ele foi encontrado sem vida no quarto após não acordar pela manhã.
Bosco contou que Jonir estava feliz em retornar a Bonito, cidade onde já havia morado e possuía amigos. Na noite anterior, eles tomaram cachaça de guavira antes de se recolherem para dormir. Pela manhã, o amigo abriu a porta do quarto e constatou o óbito.
Corumbaense, Jonir era bacharel em Educação Artística pela Faculdade Unidas de Marília (SP) e atuava há mais de 50 anos em Mato Grosso do Sul. Tornou-se um dos principais nomes das artes plásticas do Brasil e do exterior, com obras expostas em países como Japão, União Soviética, Estados Unidos e na ONU, em Nova York.
Em suas telas, ele explorava o bioma pantaneiro e denunciava a degradação das áreas vegetadas da planície.
Também foi desenhista, gravador, performer cultural e técnico especializado em arte e cultura. Presidiu por três gestões a Associação dos Artistas Plásticos de Mato Grosso do Sul e se destacou com mandalas e a fase “Jacarés”, marcada por forte preocupação ambiental.

Ele havia sido notícia em 2023, quando foi internado em estado grave após ser espancado em sua casa Campo Grande (MS), episódio que gerou investigações policiais e, à época, mobilizou artistas em uma onda de solidariedade para ajudar a cobrir os custos do tratamento médico de Jonir.
Autoridades locais foram acionadas para apurar as circunstâncias da morte.
*Matéria em atualização