
O juiz Carlos Alberto Garcete de Almeida rejeitou o pedido da defesa de Sahu Abel Heyn, professor e coach de dança, para exame de insanidade mental. Sahu confessou ter matado o pai, Hugo Abel Heyn, de 69 anos, na residência da família, em Campo Grande (MS), no dia 26 de junho deste ano.
Sahu desferiu diversas facadas contra o pai e fugiu do local e foi preso dois dias depois pela Guarda Civil Metropolitana, enquanto caminhava pela cidade.
À polícia, Sahu confessou o homicídio, mas optou por não entrar em detalhes.
O magistrado também indeferiu a absolvição sumária e agendou a primeira audiência de instrução e julgamento para o início de setembro, na 1ª Vara do Tribunal do Júri da Capital sul-mato-grossense.
A defesa havia solicitado a análise psiquiátrica com base em alegações de esquizofrenia, visando a absolvição ou, alternativamente, a internação médica do acusado. O juiz considerou que faltam indícios mínimos sobre a existência de perturbação mental no caso de Sahu.
A audiência, que será realizada no tribunal, contará com depoimentos de Sahu, testemunhas arroladas pela defesa e pela acusação. O pedido de transferência para outra unidade prisional também foi negado.
PERFIL CONTROVERSO
Conhecido como dançarino, professor de dança e coach voltado ao desenvolvimento emocional, Sahu cultivava uma imagem pública ligada à motivação e ao equilíbrio. Essa aparência contrasta fortemente com o crime brutal que cometeu, o que tem intensificado o acompanhamento midiático do caso.
PRÓXIMOS PASSOS
Com o indeferimento do exame de insanidade e da absolvição sumária, o caso segue para o tribunal, onde será avaliada a possibilidade de responsabilização criminal plena. A audiência de instrução está mantida para o início de setembro.