Aconteceu na noite de 6ª.feira (18.nov.22), a 2ª edição da Boca Suja Mostra de Performance na Rua, dessa vez, em frente ao Armazém Cultural, no início da Avenida Calógeras em Campo Grande (MS).
Antes mesmo do início das apresentações, dentro da Plataforma Cultural, aconteceu a feira São Chico, com expositores de diversos segmentos. Haviam stands de artesanato, comida e bebida. A feira é produzida pela artista Camila Santana.
As apresentações ocorreram na calçada e na rua. Às 20h estreiou o coletivo Street Bulldogs: com as rimas de MC Mizuko e figuras performáticas da bailarina Mel Figueiró. Eis alguns momentos da apresentação:
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Ambos os artistas são jovens e o espaço oferecido pelo Boca Suja é uma das oportunidades para além de testar estéticas, também oportuniza a criação de um portfólio para estreantes.
Logo em seguida, deslocando-se da esquina da Calógeras com a Rua Doutor Temistocles, sentido Avenida Mato Grosso, o Teatro Imaginário Maracangalha apresentou uma performance em desenvolvimento: Experimento Larvário 1, com uso de máscaras larvárias.
A Orientação e Pesquisa da performance “Experimento Larvário 1” é feita pelo professor Tom Conceição – da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS).
Ouviu-se falar pela 1ª vez das máscaras larvárias em 1960, no carnaval de Basel, na Suíça. São máscaras brancas formadas por uma espécie de gesso que revelam rostos em formas simplificadas de humanos. Há faces redondas, pontudas, curvas, onde o nariz tem uma grande importância e dirige toda a face. São geralmente assimétricas, para permitirem diferentes nuances, grandes, brancas, com a aparência de rostos ainda inacabados.
Assim como sugere a história, as máscaras larvárias “concedem” ao ator um caminho da sensibilidade com o parceiro no jogo e com o espaço em que está inserido.
O Maracangalha é um dos maiores grupos de Teatro de Rua do Brasil, que atua desde 2006 em Campo Grande (MS). O formato 360º e os cortejos são marcas tradicionais das apresentações deste coletivo. Eis momentos da apresentação:
Baixe todas as imagens do Experimento Larvário 1 AQUI. Gostou do nosso trabalho? Nos doe o valor que puder através do PIX: CPNJ 27844.22/0001-47.
A atuação é de Fernando Cruz (diretor do grupo), e dos membros Paulo Augusto Fernandes, Moreno Mourão, Fran Corona, Pepa Quadrini, Ariela Barreto e Rodrigo Nantes.
Para a performance, o Maracangalha contou com o fundo musical remixado pelo DJ e rapper campo-grandense Bruno dos Santos, conhecido como Bruno TGB – da Linha dos Versos, Home Studio Produção. Sucessos como o “Rap é Compromisso (Sabotage)”, “Preta de Quebrada (Flora Matos)” e “Preto Zica (Racionais MCs)”. Logo após a perforamance, TGB também comando uma apresentação solo. Eis algums imagens:
Baixe todas as imagens do DJ Buno TGB AQUI. Gostou do nosso trabalho? Nos doe o valor que puder através do PIX: CPNJ 27844.22/0001-47.
O próximo a se apresentar foi o DJ Jonathan Lapas. Eis momentos da apresentação:
Concomitantemente — em frente a cerca de madeira do Instituto Histórico e Geográfico de Mato Grosso do Sul — a artista visual Bia Santana, codinome Very Ruim, estava expondo a sua arte feita em plataforma digital.
Próximo da cerca, o Palhaço Sorryso ensinava integrantes do público a caminhar sobre pernas de pau.
O projeto Looparina de 'eletro batuques', idealizado pelo produtor musical e percussionista Felipe Ceará foi o próximo a animar o evento; o artista uniu côcos elétricos e maracatus atômicos.
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Estudante de teatro há um ano da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS), K.E.V apresentou a performance Drag 'Zahara Jaguire'. Em um canal no YouTube, há apresentações de performance semelhantes a deste artista que datam de 7 meses. Na mostra, K.E.V propõe uma desnudação em camadas — saindo de um ser religioso para culminar num corpo diverso marcado deitado no asfalto.
Baixe todas as imagens da performance Zahara Jaguire AQUI. Gostou do nosso trabalho? Nos doe o valor que puder através do PIX: CPNJ 27844.22/0001-47.
Artista Queer Clubber, DJ August remixou uma playlist de Vogue Beat Brasil, Tech House e House. Produtora e Performer da cena noturna, a artista apresentou um set inédito inspirado nas suas raízes do mundo da música e da cultura Ballroom.
Baixe todas as imagens do DJ August AQUI. Gostou do nosso trabalho? Nos doe o valor que puder através do PIX: CPNJ 27844.22/0001-47.
Multiartista Drag Queen e produtora cultural, Meri Ju apresentou a performance Drag: "American Life", da Madonna. A artista expôs uma personalidade militar americana que se revela uma pessoa diversa, sob um fardamento.
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Artista da Dança e Coreógrafo, Ariell Lukas executou um número com movimentos de free style. Nos filmamos essa apresentação e iremos disponibilizá-lo no instagram do TeatrineTV.
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Produtor de som da Mostra, o DJ Aruan (Aruan Barcelos de Avelar) executou uma mixtape com sucessos do eletrônico brasileiro.
A última a se apresentar, fechando a noite da 2ª edição da Boca Suja, foi a MC $uburbia. Ela cantou letras autorais que começou a escrever aos 17 anos.
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Com beats de música na levada do drill (vertente do rap), $uburbia se usa da rima e poesia, reverberando a maternidade de uma mulher preta e periférica. As letras falam do empoderamento das mulheres da favela. "O objetivo da minha arte é inspirar minas que se identificam com meu trampo a ter esperança e força ,quero que minha arte mostre que nosso destino não tá escrito, ele tá sendo mudado a cada dia por nós mesmas e mostrar a importância de ocupar espaços agora oferecidos pras minas que tem uma cena pequena no hip Hop do MS (sic)”, comentou ela, antes de sua apresentação num post ao Instagram oficial da Boca Suja.
A Boca Suja é uma idealização da artista de rua Estefânia Bueno. Com produção de Alessandra Mathias. Veja fotos de público do Boca Suja clicando AQUI.
Antes de sair...
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