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Eventos Culturais

​Camila Kipper faz vernissage de “Éden” com telas inéditas e origamis de Elder Alves

Por TERO QUEIROZ • 05/11/2022 • 16:17

​A artista plástica Camila Kipper, realizará a Vernissage (pré-estreia) de abertura da mostra Éden”, às 19h da 3ª.feira (8.nov.22), na Galeria de Vidro, ao lado da Esplanada Ferroviária, Rua Calógeras, em Campo Grande (MS).

Segundo apurado, a artista irá expor telas inéditas em aquarela, pintadas exclusivamente ao longo do período de isolamento social adotado em razão da pandemia de Covid-19.

Mesmo tendo 14 anos de carreira, essa mostra é considerada singular, pois Camila ganhou notoriedade por pinturas a óleo, mas essa nova exposição trará telas com outra técnica. “A tinta óleo tem um cheiro forte, e como fiquei reduzida ao meu apartamento, comecei a desenvolver trabalhos em aquarela. Tive que reduzir também os formatos, de telas enormes para quadros pequenos”, explicou Camila.

A artista disse que enfrentou “Éden” como um desafio. “Não é uma técnica fácil, é considerada por muitos artistas como uma técnica de estudo, por não permitir erros. É difícil ter controle e o papel não aceita correções. Uma boa aquarela é como ‘um erro que deu certo’”, considerou.

Para a exposição, Camila se uniu ao origamista Elder Alves, transformando 14 telas em abajures. “Eu sou uma pessoa muito do conjunto, acho que quando compartilhamos crescemos muito mais, então pensei em como juntar meu trabalho com o dele de maneira que conversasse”, esclareceu.

Conforme a artista, em sua nova coleção o nome “Éden” ressignifica o conceito da famosa história religiosa para falar sobre natureza e sobre celebração ao feminino. “Sou muito embasbacada com as belezas naturais, desde pequena ficava olhando as flores e pensando que eram uma expressão divina. No meu trabalho, mesmo abstrato, tem uma questão​ ​forte com as cores e com a natureza, são florais sem ser, pássaros sem ser pássaros”, afirmou.

A arte abstrata é um movimento das artes plásticas que tem como característica mais marcante a representação das formas de maneira não real. Camila fala sobre esse norte de seu trabalho. “O abstracionismo é uma desconstrução do figurativo. A figuração tem uma norma, tem regras que você precisa obedecer, já o abstrato não. Então, o abstrato veio como essa força para mim, de libertação de um desejo de realizar, de fazer, de não querer copiar, mas de fazer algo que não existe, que vem de mim e que se transforma a partir do olhar de cada indivíduo”, finalizou.

De acordo com Camila, em “Éden” ela promove uma fusão de​ ​questionamentos sobre a maneira como são tratadas as mulheres e a natureza.  “Eu sempre tive, também, essa força de questionar por que a mulher não é reconhecida, não só no mercado de trabalho, mas na sociedade em geral, falta um reconhecimento do potencial feminino. Pensando sobre como a gente usa e abusa dos recursos naturais, o tema ‘Éden’ é uma provocação que eu faço, é uma fusão do feminino e da natureza, porque são seres constantemente desrespeitados”, avaliou.

A mostra chama a atenção para a responsabilidade social de se preservar as riquezas naturais e ao mesmo tempo de combater a misoginia. “A ideia de​ ​comunhão com a natureza e de pertencimento foram as premissas que nortearam minha​ ​pesquisa. Acredito que tanto a natureza como a mulher não se deixam aprisionar por muito​ ​tempo, mas estão sempre em transformação”, finalizou.

Para quem tiver interesse em adquirir, as telas e as luminárias serão comercializadas no local.

Após a Vernissage, a exposição seguirá aberta para visitação do público até dia 23 de novembro. As visitações na Galeria de Vidro podem ser feitas das 8h às 17h30, na Av. Calógeras nº 3.015. A entrada é gratuita.

A mostra foi financiada pelo Prêmio Ipê de Artes Visuais, uma iniciativa da Secretaria Municipal de Cultura e Turismo (Sectur).

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