O Sarau no Parque está em sua antepenúltima edição e, neste domingo (11.dez.22), será realizado no Parque das Nações Indígenas, das 16h00 às 20h00, nos altos da avenida Afonso Pena.
Desta vez, o evento promove a arte do Projeto Musical da Plataforma Cultural, da Orquestra Índigena de Campo Grande, Grupo ACABA e de outros talentos que vem se despontando no cenário cultural e artístico da Capital.
Aprendendo a tocar violão e ukulele há quatro meses, os 12 alunos do Projeto Musical da Plataforma Cultural irão apresentar ao público do Sarau o resultado dos estudos e dedicação deste período.
Ramão de Barros, professor do projeto, lembra ainda que, além de um passo dentro do mundo das artes, a prática dos instrumentos também auxilia os aprendizes quando o assunto é bem-estar e saúde mental.
“Temos relatos de alunos que a música ajudou com a depressão. Tenho uma aluna com surdez parcial e os estudos contribuíram para o desenvolvimento de estímulos. A apresentação em público irá agregar muito no valor pessoal de cada um”, conta Ramão.
Quem também tem presença garantida amanhã é a Orquestra Indígena de Campo Grande, formada por músicos da Aldeia Urbana Darcy Ribeiro, e coordenada pelos maestros Jardel Tartari e Eduardo Martinelli.
Acostumado a tocar com a sua turma em teatros, salas de concerto e auditórios, Tartari afirma que participar do Sarau no Parque é uma oportunidade de enriquecer o aprendizados dos alunos.
“O Sarau no Parque é uma iniciativa importante pelo fato de proporcionar um ambiente diferente aos nossos alunos, com objetivo educacional. A oportunidade de levar uma orquestra para um palco aberto, um show de objetivo mais popular, enriquece o aprendizado dos alunos”, declara.
GRUPO ACABA
Dois meses após o falecimento de um de seus fundadores, o Grupo ACABA também é uma das atrações confirmadas para este domingo. Na oportunidade, os músicos prestarão uma homenagem a Chico Lacerda, que morreu em outubro.
Moacir Saturnino, que tem mais 50 anos de carreira musical e também faz parte do grupo, afirma que, além de ser um tributo ao legado de Chico, a oportunidade de tocar no Sarau também representa a democratização da cultura, já que é um evento voltado totalmente à população.
“Com mais de 50 anos de carreira, sempre participamos de todos os movimentos musicais do Estado e a gente não poderia ficar de fora do Sarau do Parque. Se, normalmente, a arte fica restrita a apenas alguns espaços culturais, com o sarau a gente vê esse movimento de democratização do acesso às produções artísticas”, destaca.
MAIS ATRAÇÕES
Além dos artistas já citados, o Sarau também terá a música eletrônica de Boliboli, Dj Tamys e Zamarso Souza. Também tocam Tom Alves, Henrique Brabo, Ariadne Samara, Izabel Souza, Siana Si, The Lazy Lad, e o beat box será por conta de Ellinton Martins.
O evento ainda terá artesanato, artes visuais, graffitti, bem como pintura para as crianças e dança de rua no estilo Rocking Dance.
“Esta reportagem foi produzida com apoio do programa Diversidade nas Redações, da Énois, um laboratório de jornalismo que trabalha para fortalecer a diversidade e inclusão no jornalismo brasileiro. Confira as metodologias na Caixa de Ferramentas”.
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