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FIC-MS

FIC-MS concentra milhões da cultura em 13,6% de projetos

Por TERO QUEIROZ • 20/06/2023 • 10:49

Foi publicada nesta 3ª feira (20.jun.23), a lista dos projetos pré-habilitados no Edital do Fundo de Incentivo à Cultura de Mato Grosso do Sul (FIC), do ano de 2022. Eis a íntegra.

De 491 projetos oferecidos ao certame, apenas 67 foram contemplados, concentrando os R$ 8 milhões dos recursos culturais em 13,66% dos projetos inscritos. E, a lista ainda deve diminuir, já que os projetos pré-selecionados somam R$ 8,662 milhões, superando o fundo.

O valor de R$ 8 milhões aos prejetos culturais de MS está defasado desde o ano de 2018. A gestão de Eduardo Riedel (PSDB), ainda não aumentou o investimento no certame que ano a ano torna-se mais disputado.

OS PRÉ-SELECIONADOS

Conforme apurado pelo TeatrineTV, R$ 3.250.706,05 milhões foram distribuídos à 20 projetos da área da Música. A grande maioria, infelizmente projetos da Capital. É histórico o abandono da Cultura no interior e não contemplação nesse que é o único edital estadual. Dos 20, apenas 4 projetos foram abaixo de R$ 100 mil, e ao menos um que chega aos R$ 250 mil.

Na área do Cinema, apenas 3 projetos foram selecionados ao custo total de R$ 391,311 mil, sendo que nenhum deles acima de R$ 200 mil.

Para área de Artes Cênicas, R$ 2.385.201,5 foram distribuídos para 17 projetos culturais, sendo que tiveram dois projetos de quase R$ 250 mil.

Para área de Literatura, foram destinados apenas R$ 911.202, divididos entre 11 projetos. O maior projeto selecionado nessa área foi de R$ 182,382 mil.

Nas Artes Visuais, apenas dois projetos foram selecionados, sendo destinado apenas R$ 103,348 mil para esta área.

No Artesanato, apenas 3 propostas foram selecionadas, sendo destinado R$ 467,146 mil à área. Um dos três selecionados sugou quase R$ 250 mil para si.

No Patrimônio Cultural, apenas 7 projetos selecionados ao custo de R$ 1,022.026 milhão. Ao menos dois projetos desses sugaram quase R$ 250 mil.

Apenas um projeto da área de Gastronomia foi selecionado, ao custo de R$ 90,873 mil.

Por fim, na área de Design e Moda 3 projetos foram selecionados ao custo de R$ 374,227 mil.

RECURSO 'ENSAIADO'

A burocracia e todo trâmite analógico do FIC não permite que seja transparente o julgo projetos. Um recurso dificilmente é aceito, ainda assim, a Fundação de Cultura do estado (FCMS), abriu hoje o prazo recursal de 5 dias úteis.

A entidade disse que caso o projeto não tenha sido habilitado o artista pode entrar com recurso enviando e-mail para [email protected], informando nome do projeto, proponente e solicitar o parecer técnico.

INSATISFAÇÃO GENERALIZADA

Artistas de diversos Colegiados demonstraram insatisfação com o certame. A reclamação mais acentuada gira em torno do baixo número de projetos que seguiram adiante no certame. "Mais de 400 projetos não cumpriram a fase documental? Esse edital sempre foi excludente, mas dessa vez passou dos limites", reclamou uma artista.

"Precisam publicar a lista de inabilitados indicando o artigo não cumprido. Cadê essa lista?", questionou outro.

RESPOSTAS DA FCMS

A reportagem entrou em contato com a gerente do FIC, Iria Maciak, questionando se a lista de inabilitados será publicada, entretanto, não obtivemos resposta até a publicação desta matéria.

Também procuramos o novo diretor-presidente da Fundação de Cultura e secretário da Setescc, Marcelo Miranda, para que ele comentasse o certame, porém, não obtivemos resposta até a publicação deste conteúdo.

VONTADES E 'CONFLITOS' NA FCMS

Em outra oportunidade, em conversa com nossa equipe, tanto Marcelo Miranda, quanto o governador Eduardo Riedel falou sobre a vontade de transformar o FIC em um edital digital, porém, neste primeiro ano de gestão a vontade ainda não foi à prática.

Lembramos que a FCMS estava sob a gestão de Max Freitas nesses primeiros quase 6 meses de governo, mas após conflitos entre Max e Miranda, o primeiro acabou pedindo exoneração, alegando 'incompatibilidade' com as ideias do governo. Leia aqui.


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Tags: #compartilhetetarineTV, Audiovisual, Campo Grande, CULTURA, destaque, FCMS, FIC, MARCELO MIRANDA, Mato Grosso do Sul, Max Freitas, música

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