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Política Cultural

Gestores de 49 municípios vão ao Fórum Técnico do MinC em MS

Por TERO QUEIROZ • 26/05/2023 • 11:08

Cerca de 180 pessoas ocuparam a totalidade das cadeiras do auditório da Governadoria, em Campo Grande (MS), na 5ª.feira (25.mai.23), durante o Fórum Técnico da Lei Paulo Gustavo, realizado com as técnicas do Ministério da Cultura (MinC), Mayara dos Santos Marinho e Natália Leitão.

Ao longo de todo o dia, o encontro em formato de oficina, foi de explanação e tira dúvidas com as servidoras federais.

Gestores culturais de 49 municípios sul-mato-grossenses compareceram presencialmente, interessados em esclarecer como poderiam usar o recurso milionário destinado à cultura sul-mato-grossense por meio da Lei. Veja a lista abaixo.

Mato Grosso do Sul receberá R$ 25 milhões para ser dividido proporcionalmente entre os municípios e mais R$ 27 milhões que irão para os cofres do estado. Ao todo, conforme a Secretaria de Estado de Turismo, Esporte, Cultura e Cidadania (Setescc), 68 municípios participaram, pois haviam confirmações online. A oficina foi transmitida em tempo real pela TV Educativa.

(25.mai.23) - Gestores compareceram em peso no Fórum Técnico sobre a Lei Paulo Gustavo, no auditório da Governadoria, em Campo Grande (MS). Foto: @teroqueiroz | @teatrinetv

A programação do Fórum foi dividida em dois turnos. Pela manhã, as técnicas traçaram todo o panorama acerca do Sistema Nacional da Cultura. À tarde, foi discutida a adesão e como alimentar a plataforma TransfereGov, ferramenta que vai concentrar planos de ações dos municípios e estados.

“Eu acho que a atividade de hoje foi bastante positiva, né? Tivemos a sala cheia, com muita participação, muita pergunta. Eu acho que essa participação, as dúvidas, isso mostra que há um grande interesse de querer participar e fazer correto, de uma forma que chegue na ponta, no gestor cultural”, avaliou a Diretora de Assistência Técnica do MinC, Natália Leitão.

(25.mai.23) - Ao microfone, Natália Leitão, faz esclarecimentos sobre a Lei Paulo Gustavo, no auditório da Governadoria, em Campo Grande (MS). Foto: @teroqueiroz | @teatrinetv

Outra servidora do MinC, Mayara dos Santos Marinho, revelou que a circulação pelos estados do Brasil está mostrando que grande parte dos municípios estão interessados em saber como aplicar a verba cultural de maneira correta. “Espero que isso ajude que os gestores dos municípios se sintam seguros para fazer essa adesão e levar esse recurso aos fazedores de cultura em cada canto desse país”, disse.

(25.mai.23) - Ao microfone, Mayara dos Santos Marinho, faz esclarecimentos sobre a Lei Paulo Gustavo, no auditório da Governadoria, em Campo Grande (MS). Foto: @teroqueiroz | @teatrinetv

Natália explicou à reportagem do TeatrineTV, que os valores que não forem utilizados pelos municípios, serão redistribuídos entre as unidades municipais interessadas, não havendo adesão, então o estado poderá usar esse recurso de maneira autônoma. “Pode complementar editais que já existem, mas o que orientamos, é que se siga esse espírito, da descentralização. Então, é interessante que ele possa fazer uma ação cultural naquele município que não foi atendido por seus gestores, por algum motivo”, orientou.

(25.mai.23) - Ao microfone, Natália Leitão, tira dúvidas durante Fórum Técnico da Lei Paulo Gustavo, no auditório da Governadoria, em Campo Grande (MS). Foto: @teroqueiroz | @teatrinetv

Representante do Fórum Estadual de Cultura (Fesc), a produtora Caroline Garcia, celebrou a oficina técnica, apontando que na reunião observou a necessidade de compreender melhor a compatibilização das ações do Audiovisual com a meta de ações afirmativas. “Isso para mim, ainda não está claro, sabe? A Lei ela traz a ênfase em produções audiovisuais, 70% do recurso é para produções audiovisuais e 20% para as outras áreas que não tenham como produto o audiovisual”, introduziu.

(25.mai.23) - Ao microfone, Caroline Garcia, durante Oficina Técnica do Minc sobre a Lei Paulo Gustavo, no auditório da Governadoria, em Campo Grande (MS). Foto: @teroqueiroz | @teatrinetv

Provocada a detalhar a problemática, Carolina apontou que ao receber o recurso o estado teria pela primeira vez condições de oferecer investimento que aqueceria a cadeia produtiva do audiovisual, mas que ao tentar equalizar com as ações afirmativas, esses recursos serão pulverizados e talvez não ofereça a propulsão cultural que se esperava.  “E ela também traz um artigo em que fala: comunidades excluídas historicamente devem ser incluídas nesse processo e priorizadas, na minha leitura. Então, são mulheres, quilombolas, indígenas, ciganos, pessoas com deficiências, culturas periféricas, são várias minorias, várias! Então, é sobre isso, que estamos debatendo na sociedade civil, para se chegar numa forma, né? Como faz para atendermos uma demanda reprimida do cinema e do vídeo do estado, que precisa tanto produzir e tem tido tão pouco recurso, compatibilizando com essa necessidade que a Lei traz nessas normativas, de dar voz às diversas minorias?”, questionou.

“Precisamos encontrar um equilíbrio, mas não tem uma solução fácil. Temos que permitir que os produtores audiovisuais que existem, que mantém suas empresas, que eles possam produzir cinema de alta qualidade e ao mesmo tempo permitir que os indígenas, os quilombolas, e todas as minorias possam produzir, dar vez e dar voz, para que possam mostrar que existem nesse estado”, completou.   

QUEM COMPARECEU

Conforme a lista de presença, estiveram presencialmente na oficina técnica, compromissados com a cultura, os representantes dos seguintes municípios:

  1. Alcinópolis
  2. Anastácio
  3. Anaurilândia
  4. Angélica
  5. Aparecida do Taboado
  6. Aquidauana
  7. Bandeirantes
  8. Bataguassu
  9. Bela Vista
  10. Bonito
  11. Caarapó
  12. Campo Grande
  13. Cassilândia
  14. Chapadão do Sul
  15. Corumbá
  16. Coxim
  17. Deodápolis
  18. Dois Irmãos do Buriti
  19. Dourados
  20. Glória de Dourados
  21. Iguatemi
  22. Inocência
  23. Itaporã
  24. Japorã
  25. Jaraguari
  26. Jardim
  27. Juti
  28. Maracaju
  29. Miranda
  30. Naviraí
  31. Nova Alvorada do Sul
  32. Nova Andradina
  33. Novo Horizonte do Sul
  34. Paraíso das Águas
  35. Paranaíba
  36. Paranhos
  37. Pedro Gomes
  38. Ponta Porã
  39. Ribas do Rio Pardo
  40. Rio Brilhante
  41. Rio Negro
  42. Rio Verde de Mato Grosso
  43. Santa Rita do Pardo
  44. São Gabriel do Oeste
  45. Selvíria
  46. Sete Quedas
  47. Taquarussu
  48. Terenos
  49. Três Lagoas

Foram faltantes os representantes culturais dos seguintes municípios:

  1. Água Clara
  2. Amambaí
  3. Antônio João
  4. Aral Moreira
  5. Bataiporã
  6. Bodoquena
  7. Brasilândia
  8. Camapuã
  9. Caracol
  10. Corguinho
  11. Coronel Saupacaia
  12. Costa Rica
  13. Douradina
  14. Eldorado
  15. Fátima do Sul
  16. Guia Lopes da Laguna
  17. Itaquiraí
  18. Ivinhema
  19. Jateí
  20. Ladário
  21. Laguna Caarapã
  22. Mundo Novo
  23. Nioaque
  24. Rochedo
  25. Sidrolândia
  26. Sonora
  27. Tacuru
  28. Vicentina

PRAZO DE SOLICITAÇÃO DA VERBA

(25.mai.23) - Oficina sobre a Lei Paulo Gustavo, no auditório da Governadoria, em Campo Grande (MS). Foto: @teroqueiroz | @teatrinetv

Decreto 11.525/2023, que regulamenta a norma da Lei Paulo Gustavo, foi lançado no dia 11 de maio, em um grande ato em Salvador (BA) com as presenças do presidente Lula e da ministra da Cultura, Margareth Menezes. No dia seguinte (12.mai), a plataforma TransfereGov foi aberta para receber os Planos de Ação. Os entes federados têm 60 dias para registrarem as propostas que serão analisadas pelo MinC. Os valores serão liberados após a aprovação de cada proposta.

Mostramos aqui no TeatrineTV, a lista dos municípios de MS que terão os maiores repasses de verbas à cultura.

COMPROMISSOS DOS GESTORES

Para acessar os recursos da Lei Paulo Gustavo, os municípios devem aderir ao Sistema Nacional de Cultura (SNC) e se comprometer com a implatação do Sistema Muncipal de Cultura (SMC). Baixe esta cartilha para criação do Plano Municipal de Cultura.

Até o momento, conforme dados do Ministério da Cultura, Mato Grosso do Sul está com a seguinte configuração:

  • 8 municípios com SMC implantados;
  • 54 contas abertas sem SMC;
  • 15 sem conta e sem SMC;

Os 15 municípios que sequer abriram suas contas, são os seguintes:

  • Alcinópolis
  • Anastácio
  • Angélica
  • Caarapó
  • Douradina
  • Fátima do Sul
  • Glória de Dourados
  • Iguatemi
  • Itaporã
  • Juti
  • Miranda
  • Sete Quedas
  • Sonora
  • Taquarussu
  • Vicentina

Veja na Galeria de Fotos a cobertura fotojornalística da oficina.


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Tags: #TeatrineTV, Audiovisual, Campo Grande, CULTURA, destaque, FCMS, Lei Paulo Gustavo, Mato Grosso do Sul, Mayara dos Santos Marinho, Minc, Natália Leitão

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