O Senado Federal voltará a expor, na próxima 2ª.feira (30.jan.23), a tela ‘Trigal na Serra’, de Guido Mondin. A obra de arte é a primeira a ser restaurada após a depredação do Congresso Nacional.
A peça, produzida no ano de 1967 em acrílico sobre Eucatex, mede 92 por 112 centímetros e foi encontrada no chão da sala de recepção da presidência do Senado, separada da moldura.
De acordo com a Agência Senado, a obra estava encharcada e empenada pela umidade, depois que vândalos acionaram mangueiras e hidrantes de combate a incêndio. Também foram encontrados diversos fragmentos de vidros quebrados e outros estilhaços que provocaram arranhões e perda de policromia.
“Como ele ficou muito encharcado, no dia seguinte já tinha muito fungo. Borrifei uma mistura de álcool e água no fundo da tela, onde estava a maior parte dos fungos. Removi os esporos com um aspirador e uma escova macia. Coloquei a tela entre papéis mata-borrão para retirar a umidade e, depois, em uma prensa para planificar. Fiz a reintegração cromática nos locais onde houve danos e perda de policromia”, explicou Nonato Nascimento, conservador do Laboratório de Restauração do Senado e responsável pela recuperação da obra.
DATA COMEMORATIVA
O anúncio de restauração concluída acontece hoje (27.jan) - Dia Internacional do Conservador Restaurador.
‘A gente cuida de todas as obras da Casa com muito carinho. Quando percebi o estado em que ela estava, foi chocante. É de arrepiar. Mas, quando terminei o trabalho de restauração, foi uma alegria no laboratório. Ela ficou linda de novo, está perfeita! ’, comemorou Nonato.
Ao todo, 14 obras de arte precisam ser restauradas após a depredação. Ainda não há um cronograma definido para a restauração e entrega, mas o custo total dos reparos pode chegar a R$ 1 milhão.