Adriane Lopes contrata, sem licitação ou edital, grupo para fazer teatro de trânsito na Capital sul-mato-grossense. / Foto: Arquivos - TeatrineTV
Entre 2025 e 2026, a empresa Natela Produções LTDA, de Lizandra Dias Moraes, receberá R$ 250 mil diretamente da prefeitura de Campo Grande, chefiada por Adriane Lopes (PP).
E empresa beneficiada foi fundada em 14 de janeiro de 2022 (o cartão CNPJ), com capital social de R$ 8 mil.
Conforme extrato publicado no Portal da Transparência (a íntegra), receberá R$ 125 mil por ano para que produza 125 peças ao custo de R$ 1 mil cada, sobre "educação de trânsito". A íntegra.
Adriane Lopes é conhecida na Capital como a “pior gestora à Cultura na história de Campo Grande”, título reforçado por seu histórico de atrasos e inadimplência na execução dos únicos editais públicos da área — instrumentos legais e transparentes para repasse de verbas culturais — o Fundo Municipal de Incentivo à Cultura (FMIC) e o Programa de Fomento ao Teatro (FOMTEATRO).
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Desde 2022, a prefeita não tem executado corretamente esses editais, acumulando mais de R$ 12 milhões em pagamentos não realizados ao setor cultural. Durante o período eleitoral, chegou a lançar uma nova edição dos editais de apenas R$ 4 milhões, mas vem quitando os valores de forma parcelada aos trabalhadores da cultura, em um formato comparado ao estilo de crediário das Casas Bahia.
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Embora os editais sejam o mecanismo legal e obrigatório para selecionar empresas que realizem ações como as desenvolvidas pelo Detran-MS, a Natela Produções foi contratada por meio de inexigibilidade de licitação — instrumento utilizado quando o poder público afirma que nenhuma outra empresa seria capaz de prestar o mesmo serviço, o que permite dispensar a concorrência.
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A contratação também chama atenção porque ocorre em meio a declarações constantes da prefeita de que o cofre municipal está “quebrado”. Adriane atribui a suposta crise fiscal ao caos enfrentado pela cidade em diversas áreas:
- Infraestrutura — com vias esburacadas por toda a Capital;
- Limpeza urbana — enquanto a Solurb anuncia paralisações diante de um calote de R$ 40 milhões da Prefeitura;
- Saúde — com falta de medicamentos básicos, como dipirona, em diversas unidades de Saúde.
- Principal serviço público de saúde — A Santa Casa, onde servidores ameaçam paralisações devido a salários atrasados.
- Educação — onde professores amargam cortes e abandono da gestão.
Toda essa deterioração se soma ao primeiro setor abandonado pela atual gestão: a Cultura.
Quando a prefeita deixou de cumprir os investimentos obrigatórios no setor cultural — e houve pouca mobilização em defesa da área — ela aparentemente entendeu que poderia repetir a prática em outras frentes. A partir daí, iniciou-se um processo de desmonte gradual, que avançou sobre o Esporte, o Serviço Social e, mais recentemente, alcançou setores considerados essenciais, como a Saúde.
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