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​Campo Grande terá 1º pomar de guavira do Brasil

​Campo Grande terá 1º pomar de guavira do Brasil

Por TERO QUEIROZ • 19/12/2022 • 18:17

​O Parque das Nações Indígenas, em Campo Grande (MS), será o abrigo do 1º pomar urbano de guavira do Brasil.

Conforme anunciado pela Secretaria de Estado de Cidadania e Cultura (Secic), o plantio das mudas de frutas do Cerrado será feito a partir das 16h da 3ª.feira (20.dez.22).

Ao todo, serão plantadas 50 mudas de guavira. A fruta foi considerada símbolo do Mato Grosso do Sul, por meio da Lei 5.082, sancionada pelo governador Reinaldo Azambuja, em 2017.

Apesar do anúncio focar na guavira, espécies como Jequitibá, ipê, castanheira, jacarandá, urucum e tarumã também serão plantadas amanhã no pomar. “O plantio integra as atividades do Sarau no Parque, com o objetivo de compensar a emissão de carbono produzido ao longo do projeto. Com este plantio, o festival totaliza o plantio de 101 mudas. A primeira leva foi plantada no Bosque Camburé, no bairro União, e a outra foi plantada no distrito de Anhanduí. A ideia do Sarau é justamente promover a cultura e a cidadania de forma simultânea e sensibilizando o público para temas que extrapolam a arte”, explicou o secretário de Estado de Cidadania e Cultura, Eduardo Romero.

A bióloga e organizadora do plantio, Ariadne Gonçalves, aprovou a iniciativa do Sarau no Parque e destacou que a ação também fortalece a cultura da Guavira de MS.   “Implementar um pomar de guavira é uma maneira de preservar a espécie e resgatar a tradição da colheita da fruta em nosso Mato Grosso do Sul, que com o aumento de pastagens e da agricultura perdeu-se um pouco do espaço”.

O pomar será instalado num espaço de 4,9 mil metros quadrados. “A espécie tem um crescimento lento e leva em torno de cinco anos para dar frutos, chegando a uma altura máxima de três metros. Meu sonho é ver os pés florescerem e toda a população ter acesso aos frutos tão típicos do Estado, assim como na minha infância”, completou a bióloga com mestrado em Biotecnologia e doutora em Ciências Ambientais e Sustentabilidade Agropecuária da UCDB.

 “As mudas de guavira foram cedidas pela Agraer e a minha instituição ficou responsável pelo repasse das outras espécies”.

A gavira está presente como fruta comum no histórico-cultural indígena sul-mato-grossense. Em alguns locais chamada de guabiroba, nome indígena de origem Guarani, que significa “árvore de casca amarga”, a fruta, pelo contrário, é bem adocicada.

Após se popularizar, a fruta passou a ser procurada para o preparo de doces, picolés e cachaça. Os animais do Cerrado, com isso, viram diminuir a oferta do fruto, que anualmente surgem entre os meses de novembro e dezembro.

A iniciativa é da Secic, em parceria com a Agência de Desenvolvimento Agrário e Extensão Rural (Agraer), BR Gardens -  empresa graduada na Universidade Católica Dom Bosco (UCDB) através da Agência de Inovação e Empreendedorismo (S-Inova).

A parceria surgiu como forma de neutralizar o carbono liberado na realização do Festival Sarau no Parque, realizado durante todo o semestre pela Secretaria de Estado de Cidadania e Cultura do Estado. Algumas edições do Sarau foram divulgadas aqui no TeatrineTV.

GUAVIRA E CIÊNCIA

Com alto potencial nutritivo e farmacológico, forte influência na cultura regional, a guavira há 15 anos vem sendo estudada cientificamente pela Agência de Desenvolvimento Agrário e Extensão Rural (Agraer) através da engenheira agrônoma, Ana Ajalla, que tem se debruçado no assunto através de experimentos.

As pesquisas acontecem dentro do Centro de Pesquisa e Capacitação da Agraer (Cepaer), que fica na saída para Rochedo. O trabalho tem por objetivo preservar a espécie e fomentar o cultivo da planta dentro da agricultura familiar sul-mato-grossense. E, os experimentos já têm proporcionado descobertas. Uma delas é que as sementes da guavira não devem passar por secagem, caso contrário, o insucesso é garantido. Outro ponto é a questão das mudas, elas devem permanecer de 11 a 12 meses no viveiro para só depois ganhar o campo.

Atualmente, sabe-se que um único fruto pode conter até 20 vezes mais vitamina C do que a laranja. A guavira também oferece o magnésio, ótimo para digestão, o fósforo e o cálcio que deixam os dentes e ossos fortes e o potássio, indicado para os atletas e amantes de atividades físicas, por fortalecer os músculos.

SERVIÇO

  • Primeiro pomar urbano de guavira do Brasil - Ação Sarau no Parque;
  • Data: terça-feira (20 de dezembro);
  • Horário: às 16h;
  • Local: Parque das Nações Indígenas - Campo Grande.

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Tags: 1º pomar urbano de guavira, Agraer, Ariadne Gonçalves, Campo Grande, Eduardo Romero, guavira, Parque das Nações Indígenas, Sarau no Parque, Secic, UCDB

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