Ano após ano, o serviço de som oferecido às escolas de samba de Campo Grande é o pior possível. Foto: Tero Queiroz

O Carnaval de Campo Grande (MS), nos últimos dois anos, melhorou em questões de estrutura, como arquibancadas, iluminação e organização. No entanto, persiste o péssimo serviço de som oferecido às escolas.

Realizado com recursos repassados pelo Governo de Mato Grosso do Sul e pela Prefeitura de Campo Grande à Liga das Entidades Carnavalescas de Campo Grande (LIENCA), o Carnaval na capital sul-mato-grossense ocorrerá em dois dias (3 e 4 de março).

Na abertura da festa tradicional, o TeatrineTV questionou Alan Catharinelli, presidente da LIENCA, sobre o motivo de, apesar das melhorias, o péssimo som persistir. “Olha, é o seguinte, todos os anos fazemos o ensaio técnico. A Liga tem sua parceira, que é a Prefeitura Municipal de Campo Grande e o Governo do Estado. Conversamos com o pessoal do som, os dois entes, e pedimos para melhorar o som. A prefeitura detém a ata do som e é ela quem nos fornece. Infelizmente, ficamos sujeitos a essa situação, porque a Liga não tem condições de contratar o som. Mas para o ano que vem, vamos melhorar ainda mais”, disse Alan, antes de se afastar do repórter para, supostamente, resolver o problema. O presidente, no entanto, não retornou para concluir suas respostas.

Alan Catharinelli, presidente da LIENCA, 'fugiu da reportagem do TeatrineTV' quando questionado sobre o péssimo serviço de som. Foto: Tero Queiroz 

Diante disso, a reportagem procurou o Secretário Executivo de Cultura e ex-vereador, Valdir Gomes, oferecendo-lhe a oportunidade de explicar por que o péssimo serviço de som persiste sendo contratado pelo Executivo. “Olha, o som, este ano, a gente conversou, ‘reconversou’, e eles pedem, quando é para o prefeito ou o governo, um custo alto. Mas tudo o que a gente pediu está sendo colocado. Eu acho que já melhorou um pouco, mas com certeza temos que ouvir as reclamações para melhorar para o ano que vem”, explicou.

O ex-vereador e secretário Executivo de Cultura, Valdir Gomes. Foto: Aly Freitas.

Ao repórter do TeatrineTV, o secretário reconheceu que o problema não pode ser ignorado. “Eu também percebi isso, está ruim. Tem que melhorar. Então é bom que as pessoas nos cobrem para que possamos discutir sobre isso”, argumentou.

O secretário, por outro lado, destacou a parte positiva da festa tradicional. “O nível das escolas melhorou muito. A estrutura está bem melhor. O ano passado não havia essa multidão que temos agora. O público aumentou, assim como o número de famílias. Então precisamos observar tudo sempre para corrigir o que for necessário. À medida que a festa vai melhorando, o público também cresce”, concluiu Valdir.